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Requisitos de uniformidade para manuscritos submetidos a periódicos biomédicos Normas de Vancouver) - Outubro/2005

I.Declaração de Propósitos

I. A. Sobre os Requisitos Uniformizados

Um pequeno grupo de editores de periódicos médicos gerais encontraram-se informalmente em Vancouver, Colúmbia Britânica, em 1978, para estabelecer diretrizes para a formatação de Manuscritos Submetidos a seus periódicos. O grupo ficou conhecido como o Grupo de Vancouver. Suas normas para manuscritos, inclusive formatos de referências bibliográficas elaboradas pela Biblioteca Nacional de Medicina, foram publicadas pela primeira vez em 1979. O Grupo de Vancouver expandiu-se e tornou-se o Comitê Internacional de Editores de Periódicos Médicos (ICMJE), que se reúne anualmente. O ICMJE gradualmente ampliou seu âmbito de modo a incluir princípios éticos relacionados à publicação em periódicos biomédicos.

www.ICMJE.orgcomo publicações que seguem os Requisitos Uniformizados devem entrar em contato com a secretaria do ICMJE.

O ICMJE é um pequeno grupo de trabalho de periódicos médicos gerais e não uma organização aberta. Ocasionalmente, o ICMJE pode convidar um novo membro ou um convidado quando considerar que o novo periódico ou a nova organização pode vir a fornecer uma perspectiva necessária que não esteja disponível no comitê existente.

www.councilofscienceeditors.org.

I.B. Usuários Potenciais dos Requisitos Uniformizados

O ICMJE criou os Requisitos Uniformizados principalmente para ajudar autores e editores na tarefa mútua de criar e distribuir relatos de estudos biomédicos precisos, claros e de fácil acesso. As seções iniciais tratam dos princípios éticos ligados ao processo de avaliação, melhoria e publicação de manuscritos em periódicos biomédicos e as relações entre editores e autores, avaliadores e a mídia. As seções seguintes tratam dos aspectos mais técnicos da preparação e apresentação de manuscritos. O ICMJE crê que o documento, em sua inteireza, tem relevância tanto para editores quanto para autores.

Os Requisitos Uniformizados podem dar a muitos outros interessados – avaliadores, editoras, a mídia, pacientes e suas famílias, e leitorado em geral – informações úteis sobre a autoria de textos biomédicos e o processo de edição.

I. C. Como usar os Requisitos Uniformizados

Os Requisitos Uniformizados afirmam os princípios éticos da condução da pesquisa e da elaboração do relato. As presentes recomendações se baseiam em grande parte na experiência compartilhada de um certo número de editores e autores, coletada ao longo de muitos anos, e não nos resultados de uma investigação metódica e planejada que aspire a ser "baseada em evidências."

Sempre que possível, as recomendações são acompanhadas por uma racional que as justifica.Dessa forma, o documento cumpre uma função educativa. Os autores acharão útil seguir as recomendações deste documento quando possível porque, tal como descrito nas explicações, fazê-lo melhora a qualidade e a clareza dos relatos dos Manuscritos Submetidos para publicação em qualquer periódico, além de facilitar a edição.

Ao mesmo tempo, cada periódico terá requisitos editoriais adequados a seus propósitos específicos. Os autores, portanto, devem se familiarizar com as instruções específicas do periódico que escolherem para seu manuscrito – por exemplo, os temas adequados para aquele periódico e os tipos de artigos que podem ser apresentados (por exemplo, artigos originais, revisões ou relatos de casos) e devem, destarte, seguir tais instruções. A Biblioteca Mulford da Escola de Medicina de Ohio mantém um útil compêndio de instruções.

II. Considerações Éticas para a Condução e o Relato de Pesquisa

II.Autores e Contribuidores

II.A.1. Lista de Autores no cabeçalho

Considera-se autor, em geral, aquela pessoa que fez contribuições intelectuais substantivas a um estudo publicado, e a autoria biomédica continua a ter importantes implicações acadêmicas, sociais e financeiras. (1) No passado, os leitores raramente recebiam informação sobre as contribuições aos estudos daqueles presentes na lista de autores e de agradecimentos. (2) Alguns periódicos agora exigem e publicam informações sobre cada pessoa indicada como participante em um estudo apresentado, pelo menos em termos da pesquisa original. Encoraja-se veementemente os editores a desenvolver e implementar uma política para a contribuição, além de uma política de identificação de quem é responsável pela integridade do trabalho como um todo. Conquanto tais especificações sobre políticas de contribuição e garantias removam, obviamente, muito da ambiguidade em torno das contribuições, elas não tocam na questão da quantidade e da qualidade da contribuição necessárias para qualificar um autor. O Comitê Internacional de Editores de Periódicos Médicos recomenda os critérios abaixo para a autoria, lembrando que tais critérios são ainda apropriados para os periódicos que distinguem autoria de outros tipos de contribuição.

  • O crédito pela autoria deve se basear em 1) contribuições substanciais à concepção e desenho ou coleta de dados, ou análise e interpretação dos dados; 2) elaboração do artigo ou revisão crítica para garantir a relevância do conteúdo intelectual; e 3) aprovação final da versão a publicar. O autor deve satisfazer os requisitos 1, 2, e 3 acima.
  • Quando um grande grupo multicêntrico conduziu o trabalho, o grupo deve identificar os indivíduos que aceitam a responsabilidade direta pelo manuscrito (3) e os editores deverão solicitar a esses indivíduos que completem os formulários específicos do periódico com relação à autoria e aos conflitos de interesse. Ao apresentar um manuscrito multiautoral, o autor correspondente deve claramente indicar a forma de citação preferida e identificar com clareza todos os autores individualmente, além do nome do grupo. Os periódicos geralmente listarão os outros membros do grupo nos Agradecimentos. A Biblioteca Nacional de Medicina faz a indexação do nome do grupo e dos nomes de indivíduos que o grupo identificou como diretamente responsável pelo manuscrito.
  • Aquisição de financiamento, coleta de dados ou supervisão geral do grupo de pesquisa por si só não justificam a autoria.
  • Todas as pessoas deisgnadas como autores devem se qualificar para a autoria e serão listadas todas as pessoas que se qualificam.
  • Cada autor deve ter participado suficientemente no trabalho para poder assumir responsabilidade pública pelas porções correspondentes do conteúdo. Alguns periódicos também solicitam que um ou mais autores, denominados "garantias", sejam identificados como as pessoas que assumirão a responsabilidade pela íntegra do trabalho, desde sua concepção até o artigo publicado. Tal informação será também publicada. Cada vez mais, a autoria de estudos multicêntricos vem sendo atribuída a grupos. Todos os membros de um grupo indicados como autores devem cumprir os requisitos acima para serem considerados autores. A ordem de aparecimento dos autores no cabeçalho deve ser resultado de uma decisão conjunta dos co-autores. Os autores devem estar preparados para explicar a ordem em que os nomes aparecem impressos.

II.A.2. Contribuições mencionadas nos Agradecimentos

Todos os autores que não satisfazem os critérios de autoria devem ser relacionados numa seção de Agradecimentos. Exemplos dos que poderiam ser incluídos são de pessoas que deram auxílio técnico ou ajudaram na escrita, ou um chefe de departamento que apoiou o trabalho de maneira geral. Apoio financeiro e material também deve ser mencionado. Grupos de pessoas que contribuíram materialmente para o trabalho, mas cujas contribuições não os qualificam como autores, podem ser arrolados sob um título como "Pesquisadores Clínicos" ou "Investigadores Participantes" e sua função ou contribuição deve ser descrita – por exemplo, "colaborou como consultor científico" ou "fez revisão crítica da proposta do estudo", ou "colaborou na coleta de dados" ou "cuidou dos pacientes incluídos no estudo". Como os leitores podem ligar a menção a essas pessoas a um endosso por elas concedido aos dados e conclusões do trabalho, elas devem assinar uma permissão para que a menção seja feita a seus nomes nos Agradecimentos.

II.B Editoria

II.B.1. O papel do Editor

O editor de um periódico é responsável por todo o seu teor. Os proprietários e editores de periódicos médicos têm uma tarefa em comum: a publicação de uma revista legível e confiável, produzida com o devido respeito pelos custos e pelos objetivos declarados do periódico. As funções de proprietários e editores, todavia, diferem. Os proprietários têm o direito de designar e demitir editores e tomar importantes decisões administrativas nas quais os editores devem se envolver o mais possível. Os editores devem ter toda a autoridade na determinação do conteúdo de um periódico. Este conceito de liberdade editorial deve ser resolutamente defendido por editores, mesmo ao custo de seu próprio cargo. Para assegurar tal liberdade na prática, o editor deve ter acesso direto ao nível mais alto da administração, e não apenas a um gerente designado.

Os Editores de periódicos médicos devem ter um contrato que claramente determina direitos e deveres do editor, além dos termos gerais da contratação e das definições dos mecanismos de resolução de conflitos. Um conselho editorial independente pode ser útil no estabelecimento e manutenção de uma política editorial.

II.B.2. Liberdade Editorial

O ICMJE adota a definição dada pela Associação Mundial de Editores Médicos para liberdade editorial. Tal definnição afirma que a liberdade ou a independência editorial e o conceito de que os editores-chefe devem ter autoridade integral sobre o conteúdo de seu periódico. Os proprietários não devem interferir na avaliação da qualidade dos artigos, em sua seleção ou edição, seja diretamente, ou pela criação de um ambiente que fortemente influencie decisões. As decisões dos editores devem se basear na validade do trabalho e em sua importância para os leitores do periódico, e não no sucesso comercial da publicação. Os editores devem estar livres para expressar opiniões críticas, mas responsáveis, sobre todos os aspectos da medicina sem temor de retaliação, mesmo que tais opiniões entrem em conflito com as metas comerciais da Editora. Os editores e as organizações que os congregam têm a obrigação de apoiar o conceito da liberdade editorial e de levar as transgressões a essa liberdade à atenção das comunidades médicas, acadêmicas e leigas internacionalmente.

II.C. Avaliação pelos Pares

Avaliação imparcial, independente e crítica é parte intrínseca de todo trabalho acadêmico, inclusive do processo científico. A avaliação por pares é o julgamento crítico, feito por especialistas que não sejam parte do grupo da equipe editorial, dos Manuscritos Submetidos para publicação.

Essa avaliação, pode, assim, ser vista como uma importante extensão do processo científico. Embora seu valor real tenha sido pouco estudado, e seja debatido amplamente (4), a avaliação pelos pares ajuda os editores a decidir quais manuscritos são adequados a seus periódicos, e ajuda autores e editores em seus esforços de melhorar a qualidade dos relatos. Um periódico que adota o mecanismo de revisão por pares é o que solicita avaliação externa para a maioria dos relatos de pesquisa publicados. O número e o tipo dos manuscritos enviados para avaliação, o número de avaliadores e os procedimentos de avaliação, assim como o uso feito das opiniões dos especialistas consultados podem variar. No interesse da transparência, cada periódico deve revelar publicamente suas políticas de avaliação em suas instruções aos autores.

II.D. Conflitos de Interesse

A confiança pública no processo de avaliação externa dos manuscritos e a credibilidade dos artigos publicados dependem, em parte, de como se maneja o conflito de interesses durante a escrita, a avaliação pelos pares e as decisões editoriais. O conflito de interesses existe quando um autor (ou a instituição de um autor), avaliador ou editor tem relações financeiras ou pessoais que possam, inadequadamente, influenciar ou distorcer seu julgamento ou ações (tais relações são também conhecidas como compromissos duplos, interesses concorrentes ou lealdades ambivalentes). Essas relações variam desde aquelas com baixo potencial até as que apresentem alto potencial de influenciar julgamentos, e nem todas as relações representam um verdadeiro conflito de interesses. O potencial para conflito de interesses pode existir independentemente de o indivíduo crer que essa relação afeta seu julgamento científico. Relações financeiras (tais como emprego, consultoria, propriedade de ações, honorários, testemunho pago) são as mais facilmente identificáveis e constituem as que têm mais probabilidade de solapar a credibilidade do periódico, dos autores e da própria ciência. No entanto, os conflitos podem ocorrer por outras razões, tais como relações pessoais, competição acadêmica e paixão intelectual.

Todos os participantes da avaliação por pares e processo de publicação devem revelar todas as relações que poderiam vir a ser consideradas como de potencial conflito de interesses. Revelar tais relações é também importante com relação a editoriais e artigos de revisão bibliográfica, já que pode ser mais difícil se detectar tendenciosidade nesses tipos de publicações do que em relatos de pesquisa original. Os editores podem utilizar a informação revelada nas declarações de conflito de interesse ou interesse financeiro como base para decisões editoriais. Os editores devem publicar essa informação se acreditarem que é importante para o julgamento do manuscrito.

II.D.1. Potenciais Conflitos de Interesse Relacionados a Compromissos de Autores Individuais

Quando autores submetem um manuscrito, seja artigo ou carta, são responsáveis por declarar todas as relações pessoais e financeiras que podem causar viés ou tendenciosidade em seu trabalho. A fim de prevenir a ambiguidade, os autores devem afirmar explicitamente se existem ou não conflitos em potencial. Isso deve ser feito no manuscrito, numa página de declaração de conflito logo após a folha de rosto, com o fornecimento de detalhes adicionais, se necessários, numa carta de encaminhamento do manuscrito ao periódico. (ver Seção IV A.3. Página de Declaração de Conflito de Interesse).

Os pesquisadores devem declarar os conflitos potenciais aos participantes do estudo e devem dizer, no manuscrito, se assim o fizeram. Os editores também devem decidir quando publicar informações sobre conflitos de interesse declaradas pelos autores. Se houver dúvida, é melhor errar publicando as informações.

II.D.2. Potenciais Conflitos de Interesse Relacionados ao Apoio ao Projeto

Cada vez mais, os estudos vem recebendo financiamento de empresas, fundações privadas e governo. As condições para tal financiamento têm potencial de criar tendenciosidade ou mesmo desacreditar a pesquisa.

Os cientistas têm a obrigação ética de apresentar resultados de pesquisa confiáveis para publicação. Além do mais, como pessoas diretamente responsáveis por seu trabalho, os pesquisadores não devem firmar acordos que possam interferir em seu acesso a dados e sua capacidade de analisá-los imparcialmente, preparar o manuscrito e publicá-lo. Os autores devem descrever o papel dos patrocinadores do estudo, se houver, no desenho do estudo, na coleta, análise e interpretação dos dados, na escritura do relato, e na decisão de submeter o artigo para publicação. Se a fonte apoiadora não tiver tal envolvimento, isso também deve ser declarado. Tendenciosidades potencialmente introduzidas quando patrocinadores se envolvem em pesquisa são análogas a tendenciosidades metodológicas de outros tipos. Alguns periódicos, portanto, elegem incluir a informação sobre o envolvimento dos patrocinadores na seção de metodologia do texto.

Os editores podem solicitar aos autores de um estudo financiado por uma agência com interesse proprietário ou financeiro nos resultados que assinem uma declaração nos seguintes termos: "Declaro que tive acesso integral a todos os dados deste estudo e assumo completa responsabilidade pela integridade dos dados e pela acurácia de sua análise". Deve-se estimular os editores a verificar cópias do protocolo e/ou contratos associados a estudos ligados ao projeto antes de aceitá-los para publicação. Os editores podem decidir não considerar um artigo se um patrocinador declarou ter controle sobre o direito de publicação do autor.

II.D.3. Potenciais Conflitos de Interesse Relacionados a Compromissos de Editores, Equipe Editorial ou Avaliadores

Os editores devem evitar selecionar avaliadores externos com conflitos de interesse obviamente potenciais, por exemplo, aqueles que trabalham no mesmo departamento ou na mesma instituição que qualquer dos autores. Os autores muitas vezes fornecem nomes de pessoas que supõem não serem adequadas para avaliar o trabalho por causa de potencial conflito de interesse, em geral de ordem profissional. Quando possível, deve-se pedir aos autores que expliquem ou justifiquem sua preocupação: tal informação é importante para os editores decidirem se devem atender à sua solicitação.

Os avaliadores, por outro lado, devem revelar aos editores quaisquer conflitos de interesse que possam prejudicar sua opinião sobre o manuscrito e devem se desqualificar para a tarefa se assim julgarem apropriado. Como no caso dos autores, o silêncio com relação a possíveis conflitos pode significar que ou os conflitos existem e não foram revelaos ou que eles não existem. Os avaliadores devem, assim, declarar explicitamente se há situações que possam levar a tendenciosidade para seus próprios interesses.

Os editores que tomam a decisão final sobre os manuscritos não devem ter nenhum envolvimento, seja pessoal, profissional ou financeiro com qualquer dos artigos que estejam julgando. Outros membros da equipe editorial, se participarem da tomada de decisões, devem dar aos editores uma idéia atualizada de seus interesses financeiros (na medida em que se relacionem com julgamentos editoriais) e se desqualificarem de quaisquer decisões em que possam ter interesse expresso. A equipe editorial não deve usar a informação conseguida através dos manuscritos para ganho pessoal. Os editores devem regularmente publicar declarações sobre potenciais conflitos de interesse relacionados a compromissos da equipe editorial.

II.E. Privacidade e Confidencialidade

II. E.1. Pacientes e Participantes de Estudos

Os pacientes têm direito à privacidade, que não deve ser infringida sem consentimento informado. Informações de identificação, inclusive nomes, iniciais, números de prontuário, etc., não devem ser publicadas em veículos impressos, fotografias ou outros veículos a menos que tal informação seja essencial para propósitos científicos e o paciente (ou responsável) dê seu consentimento por escrito. Para esse propósito, o paciente que é identificável deve ver o manuscrito a ser publicado. Os detalhes identificadores devem ser omitidos se não forem essenciais. Completa anonimidade é difícil de conseguir, todavia, e o consentimento informado deve ser obtido se houver qualquer dúvida. Por exemplo, colocar tarja sobre os olhos do paciente é proteção inadequada. Se as características identificadoras são alteradas para proteger a anonimidade, tais como em pedigrees genéticos, os autores devem assegurar-se de que as alterações não distorçam o significado científico e os editores assim o vejam. A solicitação de consentimento informado deve ser incluída nas instruções que o periódico dá aos autores. Quando o consentimento é obtido, tal obtenção deve ser indicada no artigo publicado.

II.E.2. Autores e Avaliadores

Os manuscritos devem ser avaliados com o respeito devido à confidencialidade dos autores. Ao apresentar seus manuscritos para avaliação, os autores confiam aos editores os resultados de seu trabalho científico e seu esforço criativo, dos quais podem depender sua carreira e sua reputação. Os direitos dos autores podem ser violados pela revelação de detalhes confidenciais da avaliação de seu manuscrito. Os avaliadores também têm direito à confidencialidade, que deve ser respeitada pelo editor. Pode haver uma quebra de confidencialidade se houver suspeita de fraude ou ilegalidade, mas de outra forma ela deve ser respeitada.

Os editores não devem revelar informações sobre manuscritos (inclusive sua recepção, conteúdo, posição no processo de avaliação, crítica dos avaliadores, ou destino final) a qualquer pessoa que não os autores e avaliadores. Isso inclui solicitações de uso dos materiais para fins judiciais. Os editores devem deixar claro para seus avaliadores que os manuscritos enviados para avaliação são comunicação privilegiada e são a propriedade privada dos autores. Portanto, os avaliadores e os membros da equipe editorial devem respeitar os direitos do autor, não discutindo seu trabalho em público ou se apropriando de suas idéias antes da publicação do manuscrito. Os avaliadores não devem ter a permissão de fazer cópias dos trabalhos para seus arquivos e devem ser proibidos de compartilhá-los com outras pessoas, exceto se houver permissão explícita do editor. Os avaliadores devem devolver ou destruir as cópias dos manuscritos após o envio das avaliações. Os editores não devem guardar cópias de manuscritos rejeitados. Os comentários dos avaliadores não devem ser publicados ou publicizados de qualquer forma sem a permissão do avaliador, do autor e do editor. As opiniões variam sobre se os avaliadores devem ser anônimos. Os autores devem consultar as informações a autores no periódico que escolherem para saber se as avaliações são anônimas. Quando os comentários não são assinados, a identidade dos avaliadores não deve ser revelada ao autor ou a qualquer pessoa sem a permissão do próprio avaliador.

Alguns periódicos publicam os comentários do avaliador junto com o texto do artigo. Tal procedimento não deve ser adotado sem o consentimento dos autores e avaliadores. Entretanto, os comentários dos avaliadores podem ser enviados a outros avaliadores do mesmo manuscrito, o que pode ajudar os avaliadores a aprender com o processo de avaliação. Os avaliadores devem ser notificados sobre a decisão do editor.

II.F. Proteção de Sujeitos Humanos e Animais na Pesquisa

Ao relatar experimentos com sujeitos humanos, os autores devem indicar se os procedimentos seguidos estavam de acordo com as normas éticas do comitê responsável por experimentação humana (institucional e nacional) e com a Declaração de Helsinki de 1975, tal como revista em 2000 (5). Se houver dúvida sobre a condução da pesquisa de acordo com a Declaração de Helsinki, os autores devem justificar sua abordagem e demonstrar que o órgão de ética institucional explicitamente aprovou os aspectos duvidosos do estudo. Ao relatar experimentos com modelos animais, os autores devem indicar se as diretrizes institucionais e nacionais para o cuidado e o uso de animais de laboratório foram seguidas.

III. Questões Editoriais Relacionadas à Publicação em Periódicos Biomédicos

III.A. Obrigação de Publicar Estudos Negativos

Os editores devem seriamente considerar para publicação qualquer estudo cuidadosamente feito sobre uma importante questão que seja relevante para os leitores, independentemente de os resultados serem negativos (isto é, permitirem convincentemente que a hipótese nula seja aceita) ou positivos (isto é, permitirem que a hipótese nula seja rejeitada). Deixar de submeter ou publicar estudos negativos, em particular, contribui para a tendenciosidade editorial. Muitos estudos que alegam ser negativos são, de fato, inconclusivos. A publicação de estudos inconclusivos é problemática, já que somam pouco ao conhecimento biomédico acumulado e consomem recursos do periódico. A Biblioteca Cochrane pode se interessar pela publicação de ensaios inconclusivos.

III.B. Correções, Retratações e "Expressões de Preocupação"

Os editores devem inicialmente supor que os autores estão relatando trabalho baseado em observações honestas. Contudo, podem surgir dois tipos de dificuldades.

Em primeiro lugar, podem se notar erros nos artigos publicados que exigem a publicação de correção ou errata. As correções devem aparecer em uma página numerada, serem colocadas no sumário, incluir a citação original completa e fazer link ao artigo original e vice-versa, se for publicação eletrônica. É concebível que um erro pode ser grave a ponto de viciar todo o corpus do trabalho, mas isso é improvável e deveria ser tratado por editores e autores caso a caso. Tal erro não deve ser confundido com impropriedades trazidas à luz pelo surgimento de novas informações científicas no curso normal da pesquisa. Esse último caso não requer correções ou remoções.

O segundo tipo de dificuldade é a fraude científica. Se surgirem dúvidas substanciais sobre a honestidade e a integridade do trabalho, submetido ou publicado, é responsabilidade do editor assegurar-se que a questão seja devidamente tratada, em geral pela instituição patrocinadora dos autores. Entretanto, normalmente não é tarefa dos editores conduzir uma investigação minuciosa ou fazer uma determinação. Tal responsabilidade fica com a instituição onde foi feito o trabalho ou com a agência de fomento. O editor deve ser imediatamente informado da decisão final e se um trabalho fraudulento for publicado, o periódico deve publicar uma retratação. Se esse método de investigação não resultar em conclusão satisfatória, o editor pode escolher fazer sua própria investigação. Como alternativa à retratação, o editor pode escolher a publicação de uma "Expressão de Preocupação" sobre aspectos da conduta ou integridade do trabalho.

A retratação ou expressão de preocupação, com o devido título, deve aparecer em página numerada em uma parte visível do jornal impresso ou da versão online, deve figurar no sumário, e incluir em seu cabeçalho o título do artigo original. Não deve ser simplesmente uma carta ao editor. Idealmente, o primeiro autor deve ser o mesmo tanto na retratação quanto no artigo, embora em certas circunstâncias o editor possa aceitar retratações de outros responsáveis. O texto da retratação deve explicar porque o artigo está sendo objeto dela e incluir uma citação completa ao artigo. A validade de trabalho anteior pelo autor de um artigo fraudulento não pode ser pressuposta. Os editores podem solicitar à instituição do autor um atestado da validade de trabalhos anteriores publicados em seus periódicos ou fazer uma retratação. Se isso não for feito, os editores podem se decidir pela publicação de uma nota expressando a preocupação de que a validade de trabalhos previamente publicados é incerta.

III.C. Direitos autorais

Muitos periódicos solicitam aos autores a transferência de direitos autorais para a publicação. Os editores devem deixar clara sua posição sobre a transferência de direitos autorais, para informação dos autores e de outros interessados em utilizar o conteúdo editorial do periódico. O status legal de direitos autorais de artigos em um dado periódico é variável: alguns conteúdos não estão sujeitos à transferência de copyright (artigos escritos por funcionários do governo dos Estados Unidos e outros governos em função de seu trabalho, por exemplo); ou os editores podem dispensar a exigência de transferência de direitos autorais em alguns casos; outros casos ainda são protegidos na rubrica de direitos em série (isto é, o uso em publicações que não periódicos científicos, inclusive publicações eletrônicas, é permitido).

III.D. Sobreposição de Publicações

III.D.1. Apresentação em Duplicata

A maioria dos periódicos biomédicos não considera manuscritos que tenham sido simultaneamente submetidos a outros periódicos. Entre as principais considerações que levaram a essa política estão: 1) o potencial de desacordo quando dois (ou mais) periódicos reivindicam o direito de publicar um manuscrito apresentado simultaneamente a mais de um periódico; 2) a possibilidade de que dois ou mais periódicos inadvertidamente procederão ao trabalho de avaliação por pares e editoria do mesmo manuscrito e acabarão publicando o mesmo artigo. Entetanto, editores de publicações diferentes podem decidir publicar simultaneamente ou em conjunto um artigo, se acreditarem que, ao fazer isso, estarão agindo no interesse maior da saúde pública.

III.D.2. Publicação Redundante

Publicação redundante (ou em duplicata) é a publicação de um trabalho que coincide substancialmente com outro já publicado em veículo impresso ou eletrônico. Os leitores de periódicos de fonte primária, sejam impressos ou eletrônicos, merecem poder confiar que aquilo que estão lendo é original, a menos que haja uma clara declaração de que o artigo está sendo republicado por escolha do autor e do editor. As bases para tal posição são as leis internacionais de direitos autorais, a conduta ética e o uso custo-efetivo dos recursos. A publicação redundante de pesquisa original é particularmente problemática, já que pode resultar em contagem dupla inadvertida ou ponderação inadequada dos resultados de um único estudo, o que vai distorcer a evidência disponível.

A maioria das publicações não quer receber artigos sobre trabalho que já foi relatado em grande parte em um artigo publicado ou esteja contido em outro trabalho submetido ou aceito para publicação em outro local, impresso ou eletrônica.

Esta política não impede que o periódico considere publicar um trabalho rejeitado por outra publicação, ou um relato completo que suceda a publicação de um relatório preliminar, tal como um resumo ou um poster exibido em um congresso profissional. Esta política também não impede que seja considerada a publicação de um trabalho apresentado em um encontro científico mas não publicado na íntegra, ou que esteja sendo considerado para publicação em Anais de congresso ou formato semelhante. Reportagens pela imprensa não serão, em geral, considerados como quebra dessa regra, mas dados adicionais ou cópias de tabelas e ilustrações não devem ampliar tais relatos.

Quando submeter um trabalho, o autor deve sempre fazer uma declaração ao editor de todas as submissões e relatos anteriores que possam ser considerados redundantes ou publicação em duplicata do mesmo trabalho ou de trabalho muito semelhante. O autor deve alertar o editor se o manuscrito inclui sujeitos sobre os quais os autores publicaram um relato anterior ou que sejam sujeitos de trabalho relacionado publicado em outro periódico. Se houver tal trabalho, ele deve ser referenciado no novo artigo. Cópias desses materiais devem ser anexadas ao trabalho submetido para ajudar o editor a lidar com o assunto.

Se for tentada publicação em duplicata ou se tal fato ocorrer sem notificação, os autores podem esperar uma ação editorial. No mínimo, devem esperar imediata rejeição do manuscrito submetido. Se o editor não estava ciente das violações e o artigo já tiver sido publicado, então uma nota sobre a publicação redundante será provavelmente publicada com ou sem a explicação ou a aprovação do autor.

Relatos preliminares a mídias públicas, fabricantes ou agências governamentais de informação científica descrita em um trabalho ou carta ao editor que foi aceita, mas ainda não publicada viola as políticas de muitos periódicos. Tais relatos podem ser feitos quando o artigo ou carta descreve um grande avanço terapêutico ou riscos para a saúde pública, tais como graves efeitos adversos de drogas, vacinas, produtos biológicos ou dispositivos médicos ou doenças relatáveis. Esse tipo de relato não deve prejudicar a publicação, mas deve ser discutido e acordado com o editor com antecedência.

III.D.3. Publicação Secundária Aceitável

Certos tipos de artigos, tais como diretrizes produzidas por órgãos do governo e organizações profissionais, podem precisar atingir o maior público possível. Em tais circunstâncias, os editores às vezes escolhem deliberadamente publicar material que também esteja sendo publicado em outros veículos, com o acordo dos autores e dos editores desses outros periódicos. A publicação secundária, por várias razões, no mesmo idioma ou em outro, especialmente em outros países, é justificável e pode ser benéfica, contanto que sejam satisfeitas todas as condições abaixo:

  1. Os autores receberam a aprovação dos editores de ambas as publicações; o editor que fará a publicação secundária deverá ter uma fotocópia, reimpressão ou cópia do manuscrito da versão primária.
  2. A prioridade da publicação primária é respeitada por um intervalo temporal de pelo menos uma semana entre a primária e a secundária (a menos que um acordo divergente seja negociado especificamente por ambos os editores).
  3. O artigo para a versão secundária se destina a um leitorado diferente e, por isso, uma versão abreviada pode ser suficiente.
  4. A versão secundária reflete com fidelidade os datos e interpretações da primária.
  5. Uma nota de pé de página na folha de rosto da versão secundária informa a leitores, pares e agências de documentação que o trabalho foi publicado na íntegra ou em parte e faz a referência bibliográfica da versão primária. Essa nota pode ter o seguinte teor: "O presente artigo se baseia em um estudo publicado no [título do periódico, acompanhado de referência completa]". A permissão para a publicação secundária não deve ser cobrada.
  6. O título da publicação secundária deve indicar que se trata de publicação secundária (nova publicação na íntegra, nova publicação reduzida, tradução de texto integral ou tradução reduzida) de uma publicação primária. Em tempo: A Biblioteca Nacional de Medicina não considera traduções como novas publicações e não cita nem faz indexação de traduções quando o artigo original tiver sido publicado em periódico indexado em MEDLINE.

III.D.4. Manuscritos concorrentes baseados no mesmo estudo

A publicação de manuscritos para ventilar litígios de co-investigadores pode desperdiçar espaço do periódico e confundir o leitorado. Por outro lado, se os editores conscientemente publicam um manuscrito produzido por apenas alguns membros de uma equipe de colaboradores, eles negarão ao resto da equipe seu direito legítimo de co-autoria. Estariam, também, negando aos leitores do periódico o acesso a diferenças legítimas de opinião sobre a interpretação de um estudo.

Dois tipos de submissões concorrentes são considerados: submissões por colaboradores que discordam sobre a análise e a interpretação de seu estudo, e submissões por colaboradores que discordam sobre quais são os fatos e que dados devem ser relatados. Deixando de lado a questão não resolvida da propriedade dos dados, as seguintes observações gerais podem auxiliar editores e outros interessados a lidar com tais problemas.

III. D.4.a. Diferenças na Análise e na Interpretação

Se a disputa for em torno da análise e da interpretação de dados, os autores devem apresentar um manuscrito que apresente ambas as versões de forma clara. A diferença de opinião deve ser explicada em uma carta de encaminhamento. O processo normal de avaliação editorial e pelos pares pode ajudar os autores a resolver seu desacordo com relação à análise e à interpretação. Se, contudo, a questão não puder ser resolvida e o estudo merece ser publicado, ambas as versões devem constar do artigo. As opções incluem a publicação de dois artigos sobre o meso estudo, ou um único artigo com duas análises e interpretações. Em tais casos, seria adequado que o editor publicasse uma declaração resumindo o desacordo e a participação do periódico nas tentativas de resolvê-lo.

III.D.4. b. Diferenças nos Métodos ou Resultados Relatados

Se o litígio gira em torno de opiniões divergentes sobre o que foi na verdade feito ou observado durante o estudo, o editor do periódico deve recusar a publicação até que o desacordo seja resolvido. Não se deve esperar que a avaliação por pares consiga resolver tais problemas. Se houver alegações de desonestidade ou fraude, os editores devem informar o fato às autoridades competentes e os autores devem ser avisados da intenção do editor de relatar a suspeita de comportamento aético de pesquisa.

III.D.5. Manuscritos Concorrentes com base no mesmo Banco de Dados

Os editores ocasionalmente recebem manuscritos de grupos de pesquisa diferentes que analisaram o mesmo conjunto de dados, por exemplo, extraídos de um banco de dados público. Os manuscritos podem diferir em seus métodos analíticos, conclusões ou ambos. Nesse caso, cada manuscrito deve ser considerado separadamente. Quando for o caso de as interpretações dos mesmos dados serem semelhantes, é razoável – mas não necessário – que os editores dêem preferência ao manuscrito recebido em primeiro lugar. Todavia, a consideração editorial de submissões múltiplas pode se justificar nessa circunstância, e pode até haver uma boa razão para a publicação de mais de um manuscrito, porque abordagens analíticas diversas podem ser complementares e igualmente válidas.

III.E. Correspondência

Os periódicos biomédicos devem propiciar a seus leitores um mecanismo de apresentar comentários, questões ou críticas sobre artigos publicados, assim como brevos relatos e comentários não relacionados a artigos previamente publicados.

É provável – mas não necessário – que tais inserções assumam a forma de uma seção de cartas ou uma coluna. Os autores de artigos discutidos nesse tipo de correspondência devem ter a oportunidade de responder, preferivelmente no mesmo número em que aparecer a correspondência original. Os autores da correspondência devem também declarar qualquer conflito de interesses.

A correspondência pode ser editada por razões de tamanho, correção gramatical e estilo do periódico. Ou então, os editores podem escolher publicar correspondência tal como enviada, como, por exemplo, nas seções de respostas pela internet e, nesse caso, deve ser indicada a prática editorial nesse aspecto. Os autores devem aprovar mudanças editoriais que alterem o teor ou o tom de uma carta ou resposta. Embora os editores tenham a prerrogativa de excluir material de correspondência que seja irrelevante, desinteressante ou que esteja fora do assunto, têm também o dever de permitir a expressão de opiniões variadas. A coluna de correspondência não deve ser utilizada apenas para promover o ponto de vista da publicação ou de seus editores. Em todos os casos, os editores devem se esforçar para fazer a triagem de afirmativas descorteses e imprecisas ou ataques verbais, e nem devem permitir argumentos ad hominem cujo propósito seja o de desacreditar opiniões e achados.

No interesse da justiça e a fim de manter a correspondência dentro de proporções manejáveis, os periódicos podem estabelecer limites de tempo para respostas a artigos e correspondências e para debater um certo tópico. Os periódicos devem também decidir se notificam os autores quando houver correspondência atinente a seus artigos publicadas na seção de cartas. Os periódicos devem estabelecer políticas com relação ao arquivamento de correspondência não editada que seja publicada online. Tais políticas devem ser visibilizadas tanto na versão impressa quanto na versão eletrônica do periódico.

III.F. Suplementos, Números Temáticos e Séries Especiais

Os suplementos são coletâneas de artigos que tratam de temas ou tópicos relacionados, são publicados como uma edição separada ou como parte de um número regular, e, geralmente, são financiados por fontes diferentes da Editora do periódico. Os suplementos podem ter propósitos úteis: educação, intercâmbio de informações de pesquisa, facilidade de acesso a um conteúdo enfocado e melhoria da cooperação entre entidades acadêmicas e empresariais. Como fontes de financiamento podem criar tendenciosidade no conteúdo dos suplementos por meio da escolha de tópicos e pontos de vista, os periódicos devem considerar a adoção dos princípios abaixo, que devem se aplicar a números temáticos ou séries especiais com financiamento externo ou editores convidados.

  1. O editor da publicação deve assumir total responsabilidade pelas políticas, práticas e conteúdo dos suplementos, inclusive controle completo da decisão de publicar todas as porções do suplemento. A edição pela organização financiadora não deve ser permitida.
  2. O editor deve reter a autoridde para enviar manuscritos dos suplementos para avaliação externa e rejeitar manuscritos submetidos para o suplemento. Essas regras devem ser conhecidas pelos autores e editores externos antes do início do trabalho editorial do suplemento.
  3. O editor do periódico deve aprovar a indicação de qualquer editor externo para o suplemento e assumir responsabilidade pelo trabalho desse editor externo.
  4. As fontes de financiamento da pesquisa, publicação e produtos feitos pela fonte financiadora que estejam sendo considerados no suplemento devem ser claramente mencionadas e situadas em local visível no suplemento, de preferência em cada página. Sempre que possível, o financiamento deve advir de mais de um patrocinador.
  5. A publicidade nos suplementos deve seguir as mesmas políticas válidas para os números regulares do periódico.
  6. Os editores do periódico devem tornar possível para os leitores a distinção entre páginas editoriais regulares e as páginas dos suplementos.
  7. Os editores do periódico e os do suplemento não devem aceitar favores pessoais ou remuneração de patrocinadores de suplementos.
  8. A publicação secundária em suplementos (nova publicação de trabalhos previamente publicados alhures) devem ser claramente identificados por meio de citação do trabalho original. Os suplementos devem evitar publicação redundante ou em duplicata. Os suplementos não devem re-publicar resultados de pesquisa, mas a re-publicação de diretrizes ou outros materiais de interesse público pode ser apropriada.
  9. Os princípios de autoria e a declaração de potencial conflito de interesse mencionados acima se aplicam igualmente aos suplementos.

III.G. Publicação Eletrônica

A maioria dos periódicos biomédicos é publicada em versão eletrônica e impressa atualmente e alguns só têm publicação em formato eletrônico. A publicação eletrônica (que inclui a Internet) constitui publicação. No interesse da clareza e da consistência, a informação médica e de saúde publicada eletronicamente deve seguir as recomendações do presente documento sempre que possível.

A natureza da publicação eletrônica exige algumas considerações especiais, tanto dentro deste documento quanto para além dele. No mínimo, os sites devem indicar o seguinte: nomes, credenciais adequadas, afiliação, conflitos de interesse relevantes de editores, autores e contribuidores; documentação e atribuição de referências e fontes para todo o conteúdo, informação sobre direitos autorais, declaração de propriedade de site, além de declaração de patrocínio, publicidade e financiamento comercial.

A linkagem de um site médico ou de saúde para outro pode ser percebida como um endosso implícito da qualidade do segundo site. Os periódicos, dessa forma, devem ter cuidado ao fazer links para outros sites. Quando os usuários estão utilizando o link para outro site, devem ser notificados explicitamente de que eles estão saindo do site do periódico. Se os links para os outros sites são colocados como resultado de considerações financeiras, isso também deve ser claramente indicado. Todas as datas de inserção de conteúdo e de atualizações devem ser indicadas.

Tanto no layout eletrônico quanto no impresso, as mensagens publicitárias e promocionais não devem se justapor a conteúdo editorial e o conteúdo comercial deve ser claramente identificado.

A publicação eletrônica é uma área em fluxo. Os editores devem desenvolver, disponibilizar para autores e implementar políticas sobre questões específicas das publicações eletrônicas. Tais questões incluem arquivamento, correção de erros, controle de versão, e escolha da versão eletrônica ou impressa do periódico como a que vai ser utilizada como documentação da editora, publicação de material ancilar e publicação eletrônica. Em nenhum caso o periódico deve remover um artigo do seu site ou do seu arquivo. Se houver necessidade de correção ou retratação, a explicação deve ser rotulada adequadamente e comunicada o mais rapidamente possível em uma página citável em um número subseqüente do periódico.

A preservação dos artigos em formato eletrônico em um arquivo permanente é essencial para o registro histórico. O acesso a tal arquivo deve ser imediato e deve ser controlado por terceiros, como uma biblioteca, por exemplo, em vez de pelo editor. O depósito em arquivos múltiplos é uma prática recomendável.

III.H. Publicidade

Grande número de periódicos médicos têm espaço para publicidade, que gera receita para os editores, mas não se pode permitir que a publicidade influencie decisões editoriais. Os periódicos devem ter políticas escritas, formais e explícitas para a publicidade, tanto na versão impressa quanto na eletrônica. A política de publicidade na versão eletrônica deve ser, o mais possível, paralela à versão impressa. Os editores devem ter autoridade total e definitiva para aprovar a publicidade e manter a política de propaganda do periódico.

Onde existirem organismos independentes de revisão de publicidade, os editores devem utilizar a opinião deles. Os leitores devem poder distinguir facilmente entre material publicitário e material editorial. A justaposição de material publicitário e editorial sobre os mesmos produtos ou assuntos deve ser evitada. A intercalação de páginas de anúncios dentro de artigos desencoraja o leitor porque interrompe o fluxo do conteúdo textual e deve ser desestimulado. Não se devem vender anúncios condicionados à sua publicação no mesmo número em que algum artigo específico estiver sendo publicado. Os periódicos não devem ser dominados pela publicidade, mas os editores devem cuidar para que não sejam publicados anúncios apenas de um ou dois anunciantes, já que podem causar a percepção, no leitor, de que esses anunciantes têm influência sobre o editor.

Os periódicos não devem publicar anúncios de produtos que comprovadamente são danosos à saúde – por exemplo, o fumo. Os editores devem se assegurar que as regras e a legislação em vigor em seus países sejam cumpridas ou criar suas próprias normas. Os interesses de organizações ou agências não devem controlar a publicidade classificada ou de outro formato, exceto quando exigido por lei. Por fim, os editores devem levar em conta todas as críticas aos anúncios apresentados para publicação.

III. I. Os periódicos médicos e a mídia em geral

O interesse público em notícias sobre pesquisa médica tem levado a mídia a competir fortemente para obter informações sobre pesquisas o mais rápido possível. Os pesquisadores e instituições às vezes estimulam os relatos de pesquisa nos periódicos não-médicos antes de sua publicação integral em uma revista científica. Isso é feito por meio de conferência de imprensa ou por entrevistas concedidas.

O público tem direito a receber informações médicas importantes com pouca demora e os editores têm responsabilidade de desempenhar um papel nesse processo. Os periódicos biomédicos são publicados especialmente para seu público leitor específico, mas o público em geral tem um interesse legítimo em seu conteúdo. Um equilíbrio apropriado deve, portanto, orientar a interação do periódico com a mídia não especializada de modo a satisfazer esses interesses complementares.

Na prática, os médicos precisam dos relatos disponíveis com todos os detalhes antes de poderem aconselhar seus pacientes sobre as conclusões desses relatos. Em acréscimo, reportagens sobre pesquisa científica antes de o trabalho ter sido avaliado por pares e publicado integralmente podem contribuir para a divulgação de conclusões imprecisas ou prematuras. Estabeleceu-se em alguns países um sistema de bloqueio que impede a publicação nos periódicos leigos antes de o artigo original ter sido publicado em um periódico científico. Esse boqueio cria um anteparo que os jornalistas apreciam, já que minimiza a pressão que sofrem para publicar matérias que não tiveram tempo de apurar com cuidado. A consistência sobre a época correta de liberar informações biomédicas é também importante para minimizar o caos econômico, porque alguns artigos podem conter informações de grande influência potencial sobre os mercados financeiros. Por outro lado, esse sistema de bloqueio tem sido questionado como servidor dos interesses do próprio periódico, e um obstáculo à rápida disseminação da informação científica. Os editores podem achar a informação abaixo útil no estabelecimento de políticas sobre essas questões:

  • Os editores podem estimular a transmissão ordeira de informações médicas dos pesquisadores ao público por meio de periódicos que utilizam o mecanismo de avaliação por pares. Isso pode ser conseguido através de um acordo com os autores de que eles não publicarão seu trabalho enquanto o manuscrito estiver sendo avaliado ou estiver no prelo e, também, um acordo com a mídia de que matérias não serão publicadas antes de terem aparecido no periódico científico. Em retribuição, a publicação científica cooperará com a mídia em geral na preparação de matérias corretas.
  • Os editores devem ter em mente que um sistema de bloqueio funciona com base na ética. Não existe nenhum mecanismo de vigilância que imponha o cumprimento desse sistema. A decisão tomada qualquer número significativo de veículos de mídia, ou mesmo periódicos científicos, de não respeitar o sistema de bloqueio levará à rápida dissolução dele.
  • Muito pouca pesquisa médica tem implicações tão claras e urgentemente importantes para a saúde pública que justifiquem sua publicização antes de legitimadas em um periódico científico. Em tais circunstâncias excepcionais, contudo, as autoridades de saúde pública competentes deveriam tomar a decisão e deveriam se responsabilizar pela divulgação antecipada de informações à comunidade médica e à mídia. Se o autor e as autoridades competentes quiserem que um manuscrito seja considerado por um periódico em particular, o editor deve ser consultado antes de qualquer publicação antecipada. Se os editores aceitarem a necessidade de imediata divulgação, eles devem suspender suas políticas de limitação de publicidade pré-publicação.
  • Políticas destinadas a limitar a publicidade pré-publicação não devem se aplicar a relatos ou reportagens na mídia sobre apresentações em congressos científicos, nem a resumos publicados nesses congressos (ver Publicação Redundante). Os pesquisadores que apresentam seu trabalho em uma reunião científica devem se sentir à vontade para discutir suas apresentações com jornalistas, mas devem evitar dar mais detalhes sobre seu estudo do que apresentaram em sua palestra.
  • Quando um artigo estiver para ser publicado logo, os editores devem ajudar os jornalistas a preparar matérias acuradas fornecendo releases, respondendo perguntas, fornecendo exemplares antecipados do periódico ou encaminhando os jornalistas para os especialistas apropriados. A maioria dos jornalistas responsáveis sente que tal ajuda deve ser condicionada à sua própria cooperação no sentido de fazer coincidir a publicação de suas matérias com a publicação do artigo no periódico científico.
  • Os editores, autores e a própria mídia devem aplicar os mesmos princípios a materiais divulgados precocemente em versões eletrônicas de periódicos científicos.

III.J. Obrigação de Cadastrar Ensaios Clínicos

O ICMJE acredita que é importante estimular um banco de dados de ensaios clínicos abrangente e publicamente disponível. Define um ensaio clínico como qualquer projeto de pesquisa que prospectivamente designa sujeitos humanos para intervenção ou comparação concomitante ou grupos de controle a fim de estudar as relações de causa e efeito entre uma intervenção médica e um desfecho. As intervenções médicas incluem drogas, procedimentos cirúrgicos, dispositivos, tratamentos comportamentais, mudanças no processo de tratamento, entre outros. Os periódicos membros do ICMJE exigirão, como condição para publicação de artigos, que haja a inscrição no cadastro de ensaios públicos. Os detalhes dessa política estão contidos em editores no website http://www.icmje.org/clin_trialup.htm. O ICMJE estimula os editores de outros periódicos biomédicos a adotar política semelhante. O ICMJE não defende nenhum cadastro em particular, mas seus periódicos-membros exigirão que os autores cadastrem seus ensaios em um registro que deve satisfazer vários critérios. Tal cadastro deve ficar disponível ao público gratuitamente. Deve estar aberto a qualquer grupo que queira se cadastrar e deve ser gerenciado por uma organização sem fins lucrativos. Deve haver um mecanismo que assegure a validade dos dados do registro, e o cadastro deve ser passível de busca eletrônica.

Um cadastro aceitável deve incluir, no míimo, os elementos na tabela abaixo. Os registros com campos em branco ou preenchidos com terminologia pouco informativo são inadequados. O ICMJE recomenda que os periódicos publiquem o número de cadastro do ensaio ao fim do Abstract.

An acceptable registry must include at minimum the data elements in the following table. Trial registration with missing fields or fields that contain uninformative terminology is inadequate. The ICMJE recommends that journals publish the trial registration number at the end of the Abstract.

Conjunto mínimo de dados do cadastro*

Comentário do item

  1. Número específico para o ensaio. Esse número único deve ser estabelecido pela entidade recebedora do cadastro.
  2. data de cadastramento. A data será estabelecida pela entidade recebedora do cadastro.
  3. Números de identificação secundários podem ser atribuídos a patrocinadores ou outros interessados (pode não haver nenhum)
  4. Fontes de financiamento. Nome da(s) organização (-ções) que financiaram o estudo.
  5. Patrocinador primário: a principal entidade responsável pela condução da pesquisa
  6. Patrocinador secundário: a(s) entidade(s) secundária(s), se houver, responsável (-veis) pela condução da pesquisa.
  7. Pessoa responsável pelo contato: pessoa que os pacientes interessados em participar devem procurar.
  8. Pessoa responsável pela pesquisa: pessoa a quem se devem dirigir indagações sobre o estudo.
  9. Título do estudo: título curto, resumido, escolhido pelo grupo de pesquisa (pode ser omitido, a critério dos pesquisadores)
  10. Título científico oficial do estudo: o título deve incluir o nome da intervenção, a doença sendo estudada e o desfecho (por exemplo, Estudo Internacional da Digoxina e òbito por Insuficiência Cardíaca Congestiva).
  11. Passagem pelo comitê de ética: o estudo, por ocasião de seu cadastramento, recebeu a aprovação do comitê de ética competente (sim / não)? (Supõe-se que todos os estudos cadastrados tenham sido submetidos à aprovação de um comitê de ética antes de seu início).
  12. Doença: a doença em estudo (ex., asma, infarto do miocárdio, depressão)
  13. Intervenção (-ções): descrição do estudo e intervenção (-ções) de comparação / controle (para uma droga ou outro produto registrado para venda pública em qualquer lugar do mundo, usa-se o nome genérico ou o número de série da empresa produtora, que é também aceitável). A duração da intervenção deve ser especificada.
  14. Critérios chaves de inclusão e exclusão: características chaves dos pacientes que determinam a qualificação para participar no estudo.
  15. Tipo de estudo: o banco de dados deve ter um menu em cascata para que seja feita a seleção, incluindo opções como randomizado versus não-randomizado, duplo-cego ou não, tipos de controle (placebo, ativo) e atribuição de grupo (paralela, cruzada, fatorial).
  16. Data prevista para início do experimento: data estimada para a inscrição do primeiro participante
  17. Tamanho da amostra-alvo: o número total de sujeitos que os pesquisadores pretendem incluir antes de fechar o estudo a novos participantes.
  18. Status de recrutamento: Esta informação está disponível (sim/não) (Caso sim, link para a informação)
  19. Desfecho primário: o desfecho primário que o estudo foi desenhado para avaliar. A descrição deve incluir a época de mensuração do desfecho (ex., pressão arterial em 12 meses).
  20. Desfechos secundários chaves: os desfechos secundários especificados no protocolo. A descrição deve também incluir a época da mensuração (ex., clearance de creatinina em 6 meses)

* Os campos de dados foram especificados em uma reunião convocada pela OMS em april de 2004. Os comentários explicativos são do ICMJE.

IV. Preparação e Submissão do Manuscrito

IV.A. Preparando um manuscrito para submeter a um periódico biomédico

Editores e avaliadores passam muitas horas lendo manuscritos. Por isso, apreciam receber manuscritos fáceis de ler e de editar. Muitas das informações colocadas nas instruções a autores nosso periódicos se destina a atingir essa meta de formas que satisfazem as necessidades editoriais específicas de cada periódico. As orientações que se seguem dão um pano de fundo geral e uma racional para a preparação de manuscritos para qualquer periódico.

IV.A.1.a. Princípios Gerais

O texto de artigos observacionais e experimentais é geralmente (mas não necessariamente) dividido em seções com os títulos Introdução, Métodos, Resultados e Discussão. Essa estrutura IMRD não é simplesmente um formato arbitrário para publicações, mas, ao contrário, um reflexo direto do processo da descoberta científica. Artigos longos podem precisar de subtítulos em algumas seções (especialmente as de Resultados e Discussão) para esclarecer seu conteúdo. Outros tipos de artigos (tais como relatos de casos, revisões, editoriais) provavelmente usarão outros formatos.

A publicação em formato eletrônico criou oportunidades para a adição de detalhes ou seções inteiras apenas na versão eletrônica, colocando informações em camadas ou com linkagem cruzada ou extraindo trechos de artigos e coisas do gênero. Os autores devem trabalhar próximo dos editores no desenvolvimento ou uso de tais formatos de publicação e devem apresentar, para avaliação, materiais que potencialmente podem vir a complementar o artigo.

O espaço duplo ao longo de todo o manuscrito – inclusive a folha de rosto, o resumo, o texto, agradecimentos, referências, tabelas e legendas – e margens generosas possibilitam aos editores e avaliadores editarem o texto linha a linha e adicionar comentários e perguntas diretamente no exemplar impresso. Se houver a submissão eletrônica, os arquivos devem também ser em espaço duplo, porque o manuscrito pode precisar ser impresso para avaliação e edição.

Durante o processo editorial, os avaliadores e editores frequentemente necessitam se referir a trechos específicos do manuscrito, o que constitui uma tarefa difícil se as páginas não estiverem numeradas. Os autores, portanto, devem numerar todas as páginas do manuscrito consecutivamente, começando com a folha de rosto.

IV.A.1.b. Diretrizes para Relatos em Estudos de Desenhos Específicos

www.consort-statement.org. Os autores devem consultar a informação para os autores do periódico que tiverem escolhido.

IV.A.2. Folha de Rosto

A folha de rosto deve trazer as seguintes informações:

  1. o título do artigo. Títulos concisos são mais fáceis de ler do que os longos e complicados. Títulos curtos demais podem, entretanto, pecar por falta de informações importantes, tais como desenho do estudo (particularmente imporante na identificação de estudos controlados randomizados). Os autores devem incluir no título toda a informação que facilitar a busca eletrônica do artigo.
  2. Nomes dos autores e afiliação institucional. Alguns periódicos publicam o mais alto grau acadêmico de cada autor.
  3. O nome do departamento e da instituição aos quais deve ser atribuído o estudo.
  4. Avisos importantes, se houver.
  5. Autores correspondentes. O nome, endereço para correspondência, telefone e fax, endereço de e-mail do autor responsável pela correspondência sobre o manuscrito (o autor "correspondente" pode ser o que vai se responsabilizar pela integridade do estudo como um tudo, ou não, se alguém for indicado para esse propósito). O autor correspondente deve indicar claramente se seu endereço de e-mail deve ser publicado.
  6. O nome e o endereço do autor a quem pedidos de cópias do artigo devem ser dirigidos ou uma declaração de que os autores não disponibilizarão cópias.
  7. Fontes de apoio na forma de bolsa, equipamentos, drogas.
  8. Um cabeçalho para as folhas de 2 em diante. Alguns periódicos exigem um cabeçalho curto or linha de rodapé, geralmente com não mais de 40 caracteres (contando letras e espaços), colocada na porção inferior da página de rosto. Os cabeçalhos são publicados na maioria dos periódicos, mas são muitas vezes usados na editoria para arquivamento e localização de manuscritos.
  9. Contagem de palavras. A contagem de palavras do texto (excluindo o resumo, agradecimentos, legendas de figuras e referências) ajuda editores e avaliadores a verificar se a informação contida no artigo justifica a quantidade de espaço dedicado a ele e se o artigo submetido está dentro do limite de palavras estabelecido pelo periódico. Uma contagem em separado para o Resumo também é útil pela mesma razão.
  10. O número de figuras e tabelas. É difícil para a equipe editorial e os avaliadores dizer se as figuras e tabelas que deveriam ter acompanhado o manuscrito foram realmente anexadas, a menos que os seus números estejam anotados na folha de rosto.

IV.A.3. Página de Declaração de Conflito de Interesse

Para impedir que a informação sobre potencial conflito de interesses de autores não seja vista, é necessário que tal informação faça parte do manuscrito. Deve, por isso, ser incluída numa página ou em páginas separadas imediatamente após a folha de rosto. Entretanto, alguns periódicos podem ser diferentes em termos de onde pedem que os autores coloquem essa informação e alguns periódicos não enviam a informação sobre conflitos de interesse aos avaliadores. (ver Seção IID. Conflitos de Interesse).

IV.A.4. Resumo e Palavras Chaves

Um resumo (requisitos de tamanho e formato variam com o periódico) deve seguir a folha de rosto. O resumo deve delinear o contexto do estudo e declarar os seus propósitos, procedimentos básicos (seleção de sujeitos ou animais de laboratório, métodos analíticos e observacionais), principais achados (mencionando tamanhos de efeito específico e sua significância estatística, se possível) e principais conclusões. Deve enfatizar observações ou aspectos novos e importantes do estudo.

Como os resumos são a única porção substantivo do artigo a ser indexada em muitos bancos de dados eletrônicos, e a única parte que muitos leitores lêem, os autores devem cuidar para que os resumos reflitam o teor do artigo com acurácia. Infelizmente, muitos resumos discordam do texto do artigo (6). O formato exigido para os resumos difere de periódico para periódico, e algumas publicações usam mais de um formato. Os autores devem se assegurar da conformidade do formato do resumo com as especificações do periódico de escolha.

Alguns periódicos exigem que, após o resumo, os autores forneçam e identifiquem como tal, de 3 a 10 palavras chaves ou frases curtas que captem os principais tópicos do artigo. Essas palavras ajudarão os indexadores na indexação cruzada do artigo e podem ser publicadas junto com o Resumo. Termos da lista de Títulos de Temas Médicos (MeSH) do Index Medicuspodem ser utilizados.

IV.A.5. Introdução

A introdução descreve o contexto ou os antecedentes do estudo (isto é, a natureza do problema e sua significância). Deve ser declarado o propósito específico ou objetivo da pesquisa, ou a hipótese testada pelo estudo ou observação. O objetivo da pesquisa fica mais bem recortado quando é colocado em forma de questão. Tanto os objetivos principal e secundários devem ser claros e quaisquer análises de subgrupo pré-especificadas devem ser descritas. Devem-se citar apenas as referências pertinentes e dados ou conclusões do trabalho sendo relatado não devem ser incluídos nessa seção.

IV.A.6. Métodos

A seção de Métodos deve incluir apenas a informação disponível à época da escritura do plano ou protocolo do estudo. Toda a informação obtida durante a condução do trabalho deve ser posta na seção de Resultados.

IV.A.6.a. Seleção e Descrição dos Participantes

Descreva sua seleção dos participantes observacionais ou experimentais (pacientes ou animais de laboratório, inclusive controles) de modo claro, mencionando critérios de qualificação e exclusão e uma descrição da população fonte. Como a relevância de variáveis como idade e sexo para o objeto da pesquisa nem sempre é clara, os autores devem explicar sua utilização quando estiverem inclusas no relato do estudo. Por exemplo, os autores devem explicar por que apenas pacientes de certas faixas etárias foram incluídos ou por que mulheres foram excluídas. O princípio orientador deve ser o da clareza de como e por quê um estudo foi realizado de uma certa maneira. Quando os autores usam variáveis como raça ou etnia, devem definir como foram medidas as variáveis e justificar sua relevância.

IV.A.6.b. Informação Técnica

Identificar os métodos, aparelhos (mencionar nome e endereço do fabricante em parênteses) e procedimentos em detalhe suficiente para permitir que outros pesquisadores possam reproduzir os resultados. Dar referências para métodos estabelecidos, inclusive métodos estatísticos (ver abaixo). Dar referências e breves descrições de métodos que foram publicados, mas não são bem conhecidos. Descrever métodos novos ou substancialmente modificados, explicando as razões para sua utilização e avaliando suas limitações. Identificar com precisão todas as drogas e compostos químicos usados, inclusive nome genérico, dosagem e via de administração.

Os Autores que submeterem manuscritos de revisão devem incluir uma seção que descreva os métodos utilizados para localizar, extrair e sintetizar os dados. Tais métodos devem também ser resumidos no Resumo.

IV.A.6.c. Estatística

Descrever métodos estatísticos com detalhes suficientes para habilitar um leitor com conhecimento a acessar os dados originais a fim de verificar os resultados relatados. Quando possível, quantificar os achados e apresentá-los com os indicadores de erro de medida ou incerteza adequados (tais como intervalos de confiança). Evitar depender apenas de testagem de hipótese estatística, tal como o uso de valores de P, que deixa de dar importantes informações sobre tamanho do efeito. As referências para o desenho do estudo e métodos estatísticos devem ser, sempre que possível, trabalhos reconhecidos (com páginas indicadas). Definir termos estatísticos, abreviaturas e a maioria dos símbolos. Especificar o software utilizado.

IV.A.7. Resultados

Apresentar seus resultados em seqüência lógica no texto, tabelas e ilustrações, mencionando em primeiro lugar os achados principais ou mais importantes. Não repetir no texto todos os dados de tabelas ou ilustrações. Enfatizar e resumir apenas as observações importantes. Materiais suplementares ou adicionais e detalhes técnicos podem ser postos em um apêndice, onde ficarão acessíveis sem prejudicar o fluxo de texto. Ou então, podem ser publicados apenas na versão eletrônica do periódico.

Quando os dados são resumidos na seção de Resultados, dar resultados numéricos não apenas como derivados (como porcentagens, por exemplo), mas também como números absolutos a partir do qual os derivados foram calculados. Especificar os métodos estatísticos utilizados para analisá-los. Restringir tabelas e figuras àquelas necessárias para explicar o argumento do trabalho e para avaliar sua corroboração. Utilizar gráficos como alternativas a tabelas com muitos dados. Não duplicar dados em tabelas e gráficos. Evitar usos não técnicos de termos técnicos em estatística (tais como "random" (que implica um dispositivo aleatório), "normal", "significativo", "correlações", "amostra". Onde for cientificamente adequado, a análise de dados por variáveis como idade e sexo devem ser incluídas.

IV.A.8. Discussão

Enfatizar os aspectos novos e importantes do estudo e as conclusões que advêm deles. Dados ou outros materiais fornecidos na Introdução ou na seção de Resultados não devem ser repetidos. Para estudos experimentais, é útil começar a discussão resumindo rapidamente os principais achados, explorar mecanismos ou explicações possíveis para tais achados, comparar e contrastar os resultados com outros estudos relevantes, afirmar as limitações do estudo e explorar as implicações dos achados para a pesquisa futura ou prática clínica. Ligar as conclusões com as meas do estudo, mas evitar afirmações não qualificadas e conclusões não apropriadamente corroboradas pelos dados. Em particular, os autores devem evitar façar afirmações sobre benefícios econômicos ou custos, a menos que o manuscrito inclua os dados e análises econômicos adequados. Deve-se também evitar a reivindicação de prioridade e a alusão a trabalho ainda não completado. Colocar novas hipóteses quando for o caso, mas claramente indicá-las como novas hipóteses.

IV.A.9. Referências

IV.A.9.a. Considerações Gerais Relacionadas às Referências

Embora referências a artigos de revisão possam ser uma forma eficiente de orientar leitores para um corpus de literatura, os artigos de revisão nem sempre refletem trabalhos originais com acurácia. Por isso, deve-se dar aos leitores as referências diretas às pesquisas originais sempre que possível. Por outro lado, listas extensas de referências a trabalhos originais sobre um tópico podem tomar espaço excessivo na página impressa. Um número menor de referências a trabalhos chaves muitas vezes funcionam tão bem quanto listas exaustivas, particularmente porque as referências podem ser anexadas à versão eletrônica de trabalhos publicados, e a busca eletrônica permite aos leitores recuperar informações sobre a literatura publicada de maneira bastante eficiente.

Deve-se evitar o uso de Resumos como referências. Referências a trabalhos aceitos, mas ainda não publicados, devem ser designadas como "no prelo" ou "em processo de publicação", com o cuidado prévio da obtenção de permissão escrita para citar tais trabalhos, além da verificação de que foram realmente aceitos para publicação. Informações retiradas de manuscritos submetidos, mas não aceitos, devem ser citadas no texto como "observações não publicadas", e devem também ter a permissão escrita da fonte antes de serem utilizadas. Deve-se evitar citar uma "comunicação pessoal", a menos que a informação a que a citação se refere seja essencial e não esteja disponível em nenhuma fonte pública, em cujo casoo nome da pessoa e a data da comunicação devem ser citados entre parênteses no texto.

Para artigos científicos, os autores devem obter permissão por escrito e confirmação de acurácia da fonte de uma comunicação pessoal. Alguns periódicos verificam a acurácia de todas as citações, mas nem todos os periódicos fazem isso e erros de citação muitas vezes aparecem nas versões publicadas. Para minimizar tais erros, os autores devem verificar as referências a partir dos documentos originais.

IV.A.9.b. Estilo e Formato das Referências

O estilo dos Requisitos Uniformizados se baseia em grande parte em um estilo padrão ANSI adaptado pela Biblioteca nacional de Medicina para seus bancos de dados. (7) Para ver exemplos de formatos de citação a referências, deve-se consultar o site da Biblioteca Nacional de Medicina (National Library of Medicine).

As referências devem ser numeradas consecutivamente na ordem em que são mencionadas pela primeira vez no texto. Identificar referências em texto, tabelas e legendas por algarismos arábicos em parênteses. As referências citadas apenas em tabelas ou legendas de figuras devem ser numeradas de acordo com a seqüência estabelecida pela primeira identificação no texto daquela tabela ou figura específica. Os títulos de periódicos devem ser abreviados de acordo com o estilo utilizado no Index Medicus. Deve ser consultada a lista de periódicos indexados para a MEDLINE, publicada anualmente em separado pela Biblioteca Nacional de Medicina. A lista pode ser obtida também no site da Biblioteca. Os periódicos variam em sua prática de pedir aos autores que citem referências eletrônicas entre parênteses no texto ou em referências numeradas após o texto. Os autores devem consultar o periódico onde pretendem publicar seu trabalho.

IV.A.10. Tabelas

As tabelas condensam a informação e a exibem eficientemente. Também fornecem informações em qualquer nível desejado de detalhe e precisão. A inclusão de dados em tabelas, em vez de no texto, muitas vezes possibilita reduzir o tamanho do texto. Digite ou imprima cada tabela em espaço duplo numa folha separada. Numere as tabelas consecutivamente na ordem de sua primeira citação no texto e dê a cada uma um breve título. Não devem ser usadas linhas internas horizontais ou verticais. Cada coluna deve receber um nome abreviado. Os autores devem colocar matéria explicativa em notas de pé de página, não no cabeçalho. As abreviaturas não padronizadas devem ser explicadas nessas notas de rodapé. Para as notas de pé de página os seguintes símbolos devem ser utilizados em seqüência: *,†,‡,§,||,¶,**,††,‡‡

As medidas estatísticas de variações, tais como desvio parão ou erro padrão da mediana, devem ser identificadas. Cada tabela deve ser citada no texto. Se forem utilizados dados de uma outra fonte, publicada ou não, deve-se obter permissão e o crédito deve ser dado no texto. Tabelas adicionais com dados de suporte extensos em demasia para publicar em veículo impresso podem ser adequadas para publicação eletrônica, ou para depósito em um serviço de arquivos, ou disponibilizada a leitores diretamente pelos autores. Para tal fim, uma informação nesse teor deve ser colocada no texto. Tais tabelas devem ser submetidas para consideração juntamente com o artigo, de forma a estarem disponíveis para os avaliadores.

IV.A.11. Ilustrações (Figuras)

As figuras devem ser ou desenhadas por profissionais ou fotografadas, ou submetidas como impressos digitais de qualidade fotográfica. Além de requerer uma versão das figuras pronta para imprimir, alguns periódicos agora solicitam arquivos eletrônicos das figuras em um certo formato (ex., JPEG ou GIF) que produzirá imagens de alta qualidade na versão eletrônica do periódico. Os autores devem rever as imagens de tais arquivos em uma tela de computador antes de submetê-las, para se certificar de sua qualidade. Para Raios X, tomografia computadorizada e outras imagens diagnósticas, além de imagens de espécimens de patologia ou fotomicrografias, devem ser enviadas fotografias em papel brilhante, nítidas, em preto e branco ou em cores, em geral de 127 X 173 mm (5X7 polegadas)

Embora alguns periódicos refaçam a arte das figuras, muitos não o fazem. Letras, números e símbolos em Figuras devem, por isso, ser nítidos e uniformes, e de tamanho suficiente para que, quando reduzidos para publicação, continuem legíveis. As figuras devem ser tão auto-explicativas quanto possível, já que muitas serão utilizadas diretamente em apresentação de slides. Títulos e explicações detalhadas devem ficar nas legendas, contudo, e não nas próprias ilustrações.

As fotomicrografias devem ter marcadores internos de escala. Símbolos, setas ou letras usadas devem contrastar com o fundo. Se se usarem fotografias de pessoas, ou os sujeitos não devem ser identificáveis ou suas imagens devem vir acompanhadas de permissão por escrito para uso da fotografia (ver Seção III.D.4.a ). Sempre que possível, deve-se obter permissão para a publicação.

As figuras devem ser numeradas consecutivamente de acordo com a ordem de aparecimento no texto. Se uma figura já tiver sido publicada, deve-se dar crédito à fonte original e apresentar por escrito a permissão do detentor do direito autoral para reproduzir o material. A permissão é exigida independentemente da autoria ou do editor, exceto no caso de documentos já em domínio público.

Para ilustrações em cores, verificar se o periódico exige negativos coloridos, transparências positivas ou fotografias impressas. Desenhos feitos para indicar a região a ser reproduzida podem ser úteis para o editor. Alguns periódicos publicam ilustrações em cores apenas se o custo adicional for pago pelo autor. No caso de figuras para formatos eletrônicos, deve-se consultar o periódico.

IV.A.12. Legendas para Ilustrações (Figuras)

As legendas devem ser inseridas com espaço duplo, começando em página separada, com algarismos arábicos correspondentes às ilustrações. Quando use usarem símbolos, setas, números ou letras para identificar partes das ilustrações, cada um deve ser identificado e explicado claramente na legenda. Deve-se explicar também a escala interna e o corante para as fotomicrografias.

IV.A.13. Unidades de Medida

Medidas de comprimento, altura, peso e volume devem ser relatadas no sistema métrico (metro, quilograma ou litro) ou seus múltiplos decimais. As temperaturas devem ser em graus Celsius e a pressão arterial em milímetros de mercúrio, a menos que outras unidades sejam especificamente exigidas pelo periódico. Os periódicos variam nas unidades utilizadas para reportar medidas hematológicas, química clínica ou outras medidas. As instruções para autores dos periódicos específicos devem ser consultadas. A informação laboratorial deve ser informada tanto no sistema local quanto no sistema internacional de medidas (SI). Os editores podem solicitar que os autores acrescentem, antes da publicação, unidades alternativas ou não-SI, já que as SI não são universalmente utilizadas. As concentrações de drogas devem ser reportadas ou em SI ou em unidades de massa, mas a alternativa deve ser dada em parênteses quando for apropriado.

IV.A.14. Abreviaturas e Símbolos

Devem ser utilizadas apenas abreviaturas padronizadas. O uso de abreviaturas não padronizadas pode confundir o leitor. As abreviações de títulos devem ser evitadas.

IV.B Envio do Manuscrito ao Periódico

Um número crescente de periódicos aceita que os manuscritos sejam enviados eletronicamente, seja em disquete, ou em forma de anexo à mensagem eletrônica ou por download direto no website do periódico. Essa forma de envio economiza tempo e postagem, além de permitir que o manuscrito seja trabalhado eletronicamente durante o processo editorial (por exemplo, quando é enviado para a avaliação externa). Ao submeter um manuscrito eletronicamente, os autores devem consultar as instruções aos autores do periódico. Se for enviada uma versão impressa, deve ser enviado o número solicitado de cópias do manuscrito e das figuras, pois elas serão necessárias para a avaliação e editoração. Não se deve esperar que a equipe editorial faça as cópias necessárias.

Os manuscritos devem ser acompanhados por uma carta de encaminhamento, que deve conter as seguintes informações:

  • Uma declaração para o editor sobre todas as submissões e relatos prévios que possam vir a ser considerados publicação redundante do mesmo trabalho ou trabalho muito semelhante. Qualquer trabalho nessa categoria deve ser referenciado especificamente na carta, além de no corpo do artigo. Devem ser incluídas cópias de tais materiais, para ajudar o editor em seu processo decisório.
  • Uma declaração de relações financeiras ou de outra natureza que possam levar a conflito de interesse, no caso dessa informação não estar incluída no corpo do artigo ou num formulário preenchido pelos autores.
  • Uma declaração de que o manuscrito foi lido e aprovado por todos os autores, de que foram satisfeitos os requisitos de autoria tais como descritos acima neste documento e de que cada autor acredita que o trabalho é honesto, se tal informação não for dada de outra forma (ver abaixo), e
  • O nome, endereço e número de telefone do autor designado como correspondente, responsável pela comunicação com os outros autores sobre revisões e a aprovação final das provas, se tal informação não estiver contida no próprio corpo do manuscrito.

A carta deve fornecer qualquer outra informação que possa ser útil para o editor, tal como o tipo ou o formato do artigo que o manuscrito representa naquele periódico específico. Se o manuscrito tiver sido submetido anteriormente a outra publicação, é útil incluir os comentários do editor e do avaliador anteriores, juntamente com as respostas dos autores a esses comentários. Os editores estimulam os autores a submeter essas comunicações prévias e fazer isso pode agilizar o processo de avaliação.

Muitos periódicos agora fornecem uma checklist pré-submissão que ajuda a verificar se todos os componentes da submissão foram incluídos. Alguns periódicos também exigem que os autores completem checklists para relatos de certos tipos de estudo (por exemplo, a checklist CONSORT para os estudos controlados randomizados). Os autores devem verificar se o periódico usa tais checklists e, caso afirmativo, devem enviá-las juntamente com o manuscrito.

Também devem acompanhar o manuscrito as cópias de todas as permissões para reproduzir material publicado, usar ilustrações, repassar informações sobre pessoas identificáveis ou nomear pessoas por suas contribuiçoes.

V. Referências

A. Referências Citadas neste Documento

  1. Davidoff F for the CSE Task Force on Authorship. . Who's the Author? Problems with Biomedical Authorship, and Some Possible Solutions. Science Editor. July- August 2000: Volume 23 - Number 4: 111-119.
  2. Yank V, Rennie D. Disclosure of researcher contributions: a study of original research articles in The Lancet. Ann Intern Med. 1999 Apr 20;130(8):661-70.
  3. Flanagin A, Fontanarosa PB, DeAngelis CD. Authorship for research groups. JAMA. 2002;288:3166-68.
  4. Peer Review in Health Sciences. F Godlee, T Jefferson. London: BMJ Books, 1999.
  5. World Medical Association Declaration of Helsinki: ethical principles for medical research involving human subjects. JAMA. 2000 Dec 20;284(23):3043-5.
  6. Pitkin RM, Branagan MA, Burmeister LF. Accuracy of data in abstracts of published research articles. JAMA. 1999 Mar 24-31;281(12):1110-1.
  7. Patrias K. National Library of Medicine recommended formats for bibliographic citation. Bethesda (MD): The Library; 1991.

B. Outras Fontes de Informação Relacionadas a Periódicos Biomédicos

  • www.WAME.org
  • www.councilscienceeditors.org
  • www.ease.org.uk
  • www.cochrane.org
  • www.mco.edu/lib/instr/libinsta.html

VI. Sobre o Comitê Internacional de Editores de Periódicos Médicos

O Comitê Internacional de Editores de Periódicos Médicos (ICMJE) é um grupo de editores de periódicos médicos em geral cujos participantes se reúnem anualmente para o trabalho nos Requisitos Uniformizados. O ICMJE convida os interessados a enviarem comentários sobre o presente documento e sugestões para itens de agenda.

VII. Autores dos Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos

Os periódicos e organizações participantes do ICMJE e seus representantes que aprovaram a presente verão dos Requisitos Uniformizados para Manuscritos incluem Annals of Internal Medicine, British Medical Journal, Canadian Medical Association Journal,Croatian Medical Journal, Journal of the American Medical Association, The Dutch Medical Journal (Nederlands Tijdschrift voor Geneeskunde), New England Journal of Medicine, New Zealand Medical Journal, The Lancet, The Medical Journal of Australia, Tidsskrift for Den Norske Laegeforening, Journal of the Danish Medical Association (Ugeskrift for Laeger) e a Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (U.S. National Library of Medicine)

VIII. Uso, Distribuuição e Tradução dos Requisitos Uniformizados

Os usuários podem imprimir, copiar e distribuir o presente documento gratuitamente no caso de utilização educativa, sem fins lucrativos. O ICMJE não tem estoque de cópias impressas deste documento. A política do ICMJE é a de que organizadas interessadas acessem o documento oficial em língua inglesa no site www.ICMJE.org. O ICMJE não endossa a inserção deste documento em outros websites que não o www.ICMJE.org.

O ICMJE convida as organizações a copiar ou traduzir este documento para outros idiomas que não o inglês se não houver fins lucrativos. Entretanto, o ICMJE não tem recursos para traduzir, verter ou aprovar versões copiadas ou traduzidas deste documento. Assim, qualquer reimpressão ou tradução deve incluir, em local visível, a seguinte declaração:

"Esta é uma (reimpressão / tradução em língua (nome da língua) dos Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos feitos pelo ICMJE. A (inserir nome da organização) preparou a presente tradução com o apoio de (inserir nome da fonte de financiamento, se houver). O ICMJE não endossou e nem aprovou o teor desta reimpressão / tradução. O ICMJE periodicamente atualiza os Requisitos Uniformizados, de forma que esta reimpressão / tradução preparada em (inserir data) pode não representar exatamente a versão atualizada oficial disponível no www.ICMJE.org, que abriga a versão oficial dos Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos.

Não exigimos que indivíduos ou organizações que reimprimem ou traduzem os Requisitos Uniformizados para Manuscritos Submetidos a Periódicos Biomédicos solicitem permissão formal, por escrito, do ICMJE. Entretanto, o ICMJE solicita que tais indivíduos ou organizações forneçam à Secretaria do ICMJE a citação dessa reimpressão ou tradução, de forma que possamos manter um registro de tais versões do documento.

IX. Questões

Perguntas sobre os Requisitos Uniformizados devem ser endereçadas a
  • Christine Laine, MD,
  • MPH at the ICMJE Secretariat office
  • 190 N. Independence Mall West
  • Philadelphia, PA 19106-1572, USA.
  • fax 215-351-2644
  • claine@acponline.org

Favor não enviar pedidos de informações sobre estilos ou políticas de periódicos específicos à Secretaria do ICMJE.

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