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Volume 80 Número 6

Investigação

Dez anos de experiência com cirurgia micrográfica pelo método de Munique: relato de 93 casos operados

A ten-year experience with the Munich method of micrographic surgery: a report of 93 operated cases


LUIS FERNANDO FIGUEIREDO KOPKE1, PATRICIA SALOMÉ GOUVÊA2, JOSE FERREIRA CALDEIRA BASTOS3


1Especializado em Dermatologia Cirúrgica pela Universidade de Munique (LMU München), Alemanha
2Patologista do Hospital Biocor – Belo Horizonte (MG), Brasil
3Patologista do Hospital de Caridade de Florianópolis (SC) Brasil

Recebido em 22.10.2004. Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 19.10.2005. Trabalho realizado em três instituições distintas: de 1994 a 1998 na Santa Casa de Belo Horizonte (MG), Brasil. De 1998 a 2004 no Hospital Biocor – Belo Horizonte (MG), Brasil – e adicionalmente, a partir de 2002, no Hospital de Caridade de Florianópolis (SC) Brasil.

Correspondência:
Luis Fernando Figueiredo Kopke Rua Rio Grande do Norte, 1560/702 30130-131 Belo Horizonte MG Telefax: (31)3227-9898 "E-mail":luiskopke@kopkedermatologia.med.br

 

Resumo

*Fundamentos*: A cirurgia de Mohs é um dos métodos mais eficazes de tratamento dos carcinomas basocelulares. A expansão de seus conceitos possibilitou o surgimento de outros métodos de checagem de margens cirúrgicas igualmente eficazes. O método de Munique é um exemplo disso. *Objetivos*: Avaliar a eficácia da cirurgia micrográfica pelo método de Munique em um estudo de coorte com 10 anos de duração. *Métodos*: 93 pacientes com 96 tumores cutâneos foram tratados com cirurgia micrográfica pelo método de Munique, participando de um protocolo de acompanhamento, no período de maio de 1994 a julho de 2004. *Resultados*: 61,4% dos tumores eram recidivados; 42,3% eram recidivados mais de uma vez; 53% eram do tipo esclerodermiforme. A média do maior diâmetro dos tumores foi de 1,58cm e do menor 1,10cm. Em 95% dos casos se obteve a extirpação total do tumor, com até três estágios. A localização mais comum foi a nasal (46,3%), seguida da periocular (18,9%) e da frontal (11,5%). Perdeu-se o contato apenas com dois pacientes. Dos 96 tumores operados, apenas 11 têm tempo de seguimento inferior a dois anos. 56 pacientes foram seguidos por pelo menos cinco anos, e 45 (47,3%), por mais de seis anos. Apenas um caso de recidiva foi verificado, tendo ocorrido no sexto ano de observação. *Conclusão*: O método de Munique é um método eficiente de cirurgia micrográfica, tanto quanto o método de Mohs. Este trabalho fornece mais um indício de que o conceito de cirurgia micrográfica deve ser ampliado para cirurgia microscopicamente controlada, e não ficar ligado estritamente ao termo cirurgia de Mohs.

Palavras-chave: CIRURGIA, CIRURGIA DE MOHS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS, REOPERAÇÃO



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ISSN-e 1806-4841

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