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Volume 65 Número 5

Simpósio Controvérsias em Dermatologia

Ensaios epidemiológicos controlados para determinar a eficácia do BCG e de outras vacinas na prevenção da lepra

Epidemiological controlled trials for determine the efficacy of BCG and other vaccines in leprosy prevention


LUIZ MARINO BECHELLI1


1Professor Catedrático (aposentado) de Dermatologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - USP - Ex-Chefe da Secção de Leprologia da OMS - Genebra - Suiça

Correspondência:
Luiz Marino Bechelii Rua Prudente de Morais, 767/111 14015 - Ribeirão Preto - SP

 

Resumo

O autor analisou os ensaios controlados de Uganda, Nova Guiné (Karimui), Índia e Birmânia. O nível de proteção, em relação à incidência da moléstia, variou de 81% (Uganda) a 23% e 20% (respectivamente na Índia e Birmânia), tendo alcançado 46% em Karimui. No de Uganda, virtualmente todos os casos em excesso no grupo controle eram T. passíveis de regressão espontânea em elevada proporção, semelhante no grupo vacinado e no controle. Também nos outros ensaios se observou fato semelhante. No estudo de Karimui todos os casos foram diagnosticados histologicamente, tendo havido semelhança quanto às formas de lepra, exceto mais casos BT entre controles. A proporção de casos multibacilares (BT/BB,BB/LL) foi semelhante e o BCG não preveniu o aparecimento desses casos responsáveis pela propagação e manutenção da endemia. Também na Bimânia ficou evidente que o BCG em dose única não conseguiu evitar o aparecimento de casos L e B ou a piora de I e T, que evoluíram para as formas L e B, respectivamente, em proporções semelhantes nos dois grupos. A evolução favorável dos casos foi semelhante nos dois grupos, o que se poderia prever pela lepromino-reação, na Birmânia, único ensaio em que esse teste foi realizado. Interpretada à luz de diversos parâmetros não parece provável que só a redução de incidência pelo BCG venha a afetar substancialmente as tendências e características da endemia nas áreas hiperendêmicas dos ensaios nem em outras semelhantes às estudadas. Em consequência, o BCG em dose única confere grau muito modesto de proteção e não parece ser uma solução importante para o controle da moléstia.

Palavras-chave: HANSENÍASE, PREVENÇÃO, BCG, EFICÁCIA



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ISSN-e 1806-4841

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