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Volume 73 Número 6

Artigo de revisão

Leishmaniose cutânea difusa (LCD) no Brasil : revisão*

Diffuse cutaneous leishmaniasis (DCL) in Brazil: a retrospective study


JACSON MAURÍCIO LOPES COSTA1, ANA KARINE CUNHA2, MÔNICA ELINOR A. GAMA3, ANA CRISTINA R. SALDANHA4


1Doutor em Medicina,Universidade Federal São Paulo(Escola Paulista de Medicina),São Paulo, SP,Professor Adjunto, Departamento de Patologia Faculdade de Medicina,Universidade Federal do Marnhão,MA.
2Médica Residente, Hspital dos Servidores do Estado de São Paulo,São Paulo, SP.
3Doutoranda curso de pós - graduação da Universidade de São Paulo, SP.
4Mestre em Cínica das Doenças Infecciosas e Parasitárias, Universidade Nacional de Brasília - UNB, professor Assistente, Departamento de Medicina I, Faculdade de Medicina , Universidade Federal do Maranhão - UFMA.

_Recebido em 15.12.97._ _Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 01.10.98._ *Trabalho realizado no Núcleo de Patologia Tropical e Medicina Social do Departamento de Patologia da Universidade Federal do Maranhão,MA.*

Correspondência:
Jackson Maurício Lopes Costa Praça Madre Deus, 2 São Luiz MA 65025-560

 

Resumo

A leishmaniose cutânea difusa (LCD), considerada forma rara da leishmaniose tegumentar, encontra-se distribuida em alguns países das Américas e África. Neste continente é causada pelo complexo _Leishmania_ , espécies, _mexicana, pifanoi e amazonensis_ transmitida no Brasil, pelo _Lutzomya flaviscutellata_. Objetivando conhecer a realidade sobre a LCD neste país, realizou-se levantamento de todas as publicações desde 1945. Foram avaliados 31 casos, descritos no Brasil, sendo os mesmos os procedentes dos seguintes estados: Maranhão,10(32,3%); Pará, oito (25,8%); Bahia, cinco (16,1%); Mato Grosso, três (9,7%); Acre, um (3,2%); Amazonas, um (3,2%); Amapá, um (3,2%); Espírito Santo, um (3,2%): Pernambuco, um (3,2%). Quanto ao sexo houve predomínio do masculino, com 22 casos (71%), sendo a faixa etária de 11 a 30 anos, a de maior acometimento, com 41,9% dos casos. A idade variou de seis a cinqüenta anos (média = 24 anos). As lesões mais freqüentemente descritas foram: nódulos 74,1%; placas64,5%; úlceras 38,7% e tubérculos 38,7%. Em relação à lesão mucosa, houve predomínio de lesões nos membros inferiores e face (67,7%); e membros superiores superiores(61,3%). Em relação à lesão mucosa, houve relato de 14 (45,2%) pacientes, com apenas um caso de perfuração produzido pela _L.amazonensis_, agente incriminado em 93,3% dos casos em que foi feito o isolamento da cepa. Houve relato de apenas um caso onde foi isolado _L.braziliensis_. Nos exames complementares, destacaram-se esfregaço das lesões (+) em 100% dos exames realizados;IDRM (21 pacientes), 17 (85,7%) negativos, um falso-positivo e negativo;cultura em meios artificiais, histopatologia, sorologia (IFV/ELISA), inoculação em hamster ( _Mesocricetus auratus_ ) 14 pacientes cada um, com 100% de positividade. Em relação esquemas terapêuticos, o uso foi variável desde os antimoniais trivalente (tártaro emético, firadina, neotisbosan, reprodal), anfotericina B. pentamidina (isotionato e mesilato), sulfato de aminosidina, intimoniais, pentavalentes (Glucamine®) e imunoterápicos.A evolução mostrou refratariedade em todos os esquemas realizados. Assim, constatou-se que a _L. amazonensis_ é o parazita responsável pela doença, e a terapeutica continua sendo um desafio a ser alcançado.

Palavras-chave: LEISHMANIASIS, CUTANEUS., BRASIL, LEISHMANIA



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ISSN-e 1806-4841

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