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Volume 79 Número 4

Investigação

Aspectos epidemiológicos da hanseníase na cidade de Recife, PE em 2002

Epidemiologic aspects of leprosy in the city of Recife, Pernambuco state, 2002


SYLVIA LEMOS HINRICHSEN1, MILLENA RAPHAELLA SILVA PINHEIRO2, MOACIR BATISTA JUCÁ2, HÉVILA ROLIM2, GUILHERME JOSÉ DA NÓBREGA DANDA2, DIANA MARIA R. DANDA2


1Professora adjunta da disciplina Doenças Infecciosas e Parasitárias (DIP) do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE. Coordenadora do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência em Infectologia - Nepai, Hospital das Clínicas - HC/UFPE. Professora da disciplina Terapêutica da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco - UPE.
2Assistente de pesquisas do Nepai, Hospital das Clínicas / UFPE.

Recebido em 18.09.2003. Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 12.03.2004. Trabalho realizado no Núcleo de Ensino, Pesquisa e Assistência em Infectologia - Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco.

Correspondência:
Sylvia Lemos Hinrichsen Rua Jornalista Guerra de Holanda, 158/2601 52061-060 Casa Forte Recife PE Tel./Fax: (81) 3268-9905 "E-mail":sylviahinrichsen@hotmail.com

 

Resumo

*Fundamentos:* Ainda é de grande importância a hanseníase como problema de Saúde Pública no Brasil, devido a sua alta endemicidade. *Objetivo:* Determinar as principais características dessa enfermidade na cidade de Recife no ano de 2002. *Métodos:* Realizou-se estudo observacional retrospectivo, mediante o preenchimento de um questionário específico, analisando-se 100 prontuários de pacientes assistidos em centro de referência do Recife em 2002. Elaborou-se um banco de dados, e a análise foi feita utilizando-se o software EPI-Info-6. Obtiveram-se as freqüências simples das variáveis, e realizou-se análise bivariada, estudando-se as diferenças entre as proporções por meio do qui-quadrado. O ponto de corte foi p<0,05. *Resultados:* Observou-se aumento da freqüência dos casos de hanseníase com a idade (7% dos casos ocorreram em crianças e adolescentes, e 11% em maiores de 65 anos) (p<0,001). A distribuição por sexo mostrou diferença significativa (masculino 57%, feminino 43%) (p<0,001). A forma tuberculóide possui a maior prevalência, com 42% dos casos (p<0,001) e maior incidência no sexo feminino, enquanto no sexo masculino prevaleceu a dimorfa (x2=18,83; p<0,001). As formas paucibacilares (tuberculóide e indeterminada) apresentaram lesão única ou variação de duas a cinco lesões em 55,4% e 37,5% dos casos, respectivamente (x2=37,04; p<0,001). *Conclusões:* Foi possível constatar que a cidade ainda é uma região endêmica devido à grande incidência da forma tuberculóide no meio, indicador epidemiológico sugestivo de tendência crescente da endemia na região. Só o diagnóstico e o tratamento precoce dos casos poderão quebrar a cadeia de transmissão da doença.

Palavras-chave: EPIDEMIOLOGIA, HANSENÍASE, MYCOBACTERIUM LEPRAE



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ISSN-e 1806-4841

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