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Volume 71 Número 5

Artigo de revisão

Paracoccidiodomicose: quadro clínico como expressão da imunopatologia

Paracoccidiodomycosis: clinical picture as expression of immunopathology


ANTAR PADILHA GONÇALVES1


1Professor Emérito de Dermatologia. Escola de Medicina e Cirurgia. Universidade do Rio de Janeiro. UNI-Rio.

_Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 25.4.96._ *Trabalho apresentado no 50º Congresso Brasileiro de Dermatologia. Belém, Pará, setembro de 1995.*

Correspondência:
Antar Padilha-Gonçalves Rua Sorocaba, 464/308 Rio de Janeiro RJ 22271-110

 

Resumo

O quadro clínico da paracoccidioidomicose é dependente da resposta imunológica do organismo à presença do Paracoccidioidomicose brasiliensis. A imunidade celular mostra-se deprimida em proporção direta à gravidade do caso, o que se acentua com a progressão da doença. A depressão imunológica é especifica da micose, não sendo extensiva a outros estados patológicos ou infecções eventualmente associados. Um fator plasmático originado pelo fungo causador é responsabilizado pela imunodeficiência, que se baseia sobretudo em sua ação depressiva sobre o filfócito CD4+ (auxiliar). A imunidade humoral é estimulada levando à produção de anticorpos especificos que possibilitam reações sorológicas sangüíneas úteis para o diagnóstico e controle da doença, sendo a intensidade das mesmas paralela à gravidade do caso. De acordo com observações clínicas e laboratoriais, o autor propõe a seguinte classificação: 1. Paracoccidioidomicose - infecção (pessoas sadias de áreas endêmicas que foram infectadas, porém não desenvolveram a doença, portadoras do fungo em çatência que pode passar à atividade ao surgirem condições propiciais); 2. Paracoccidioidomicose - doença; 2.1. p. crônica localizada; 2.2. p. subaguda disseminada; 2.3. p. aguda disseminada; 2.4. p. linfática disseminada; e 2.5. p. infanto-juvenil. A infecção dissemina-se por via linfogênica e hematogênica, sendo a última responsável pelas diversificadas e múltiplas localizações dessa micose, sempre fatal se não for adequadamente tratada. A porta de entrada, quase sempre pulmonar, contribui para essa patogenia. É muito freqüente a localização pulmonar e os gânglios são sempre atingidos clinica ou subclinicamente. A infecção pelo HIV facilita a progressão mais rápida, contribuindo para agravar e disseminar a paracoccidioidomicose.

Palavras-chave: IMUNOLOGIA, PARACOCCIDIOIDOMICOSE.



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ISSN-e 1806-4841

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