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Associados da SBDVolume 68 Número 6
Artigos originais
Evolução da cicatrização após eletrocoagulação sem curativo ou com curativo oclusivo
Evolution of cicatrization after electrocoagulation without dressing occlusive or with occlusive dressing
APARECIDA MACHADO DE MORAES1, SEBASTIÃO A. PRADO SAMPAIO2
1Professor Assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Pós-Graduanda, Doutorado Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
2Professor Emérito, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP
Correspondência:
Rua Pará, 65 - 5ºandar
01243-020 - São Paulo - SP
A eletrocoagulação é o procedimento cirúrgico dermatológico mais utilizado como recurso único ou após curetagem ou barbirese (shaving). É controversa a conduta na pós-eletrocoagulação. Deve a lesão eletrocoagulada ser mantida descoberta, sem oclusão por curativo, com uma simples assepsia ou deve-se fazer curativo oclusivo? Em área exposta como na face a lesão eletrocoagulada deixada sem curativo, com limpeza diária com álcool ou álcool iodado, tem uma cicatrização mais segura e rápida do que quando mantida sob curativo. Em área coberta há dúvidas qual seria o procedimento melhor. O presente trabalho relata a evolução cicatricial de lesões eletrocoaguladas de áreas cobertas, deixadas sem curativos ou com curativos oclusivos. Em 26 doentes, foram eletrocoaguladas após curetagem ou barbirese (shaving) 228 lesões, sendo 186 queratoses seborréicas e 42 nevos melanocíticos. No mesmo paciente algumas lesões foram deixadas sem curativo, com assepsia diária com álcool iodado e outras mantidas sob curativo oclusivo, trocado diariamente. Procurou-se manter uma simetria e equivalência numérica. Após sete dias verificou-se que nas lesões deixadas abertas, sem curativo oclusivo, 115 (85,5%) apresentavam cicatrização excelente e 18 (15,5%), cicatrização regular. Em nenhum caso havia cicatrização insatisfatória. Em contraste de 95 lesões mantidas sob curativo oclusivo, 31 (32,6%) tinham cicatrização excelente, 32 (33,7%) regular e 32 (33,7%) apresentavam cicatrização insatisfatória. Estes são estatisticamente significantes (p < 0,00000001). A conclusão é que lesões eletrocoaguladas, mesmo em áreas cobertas, apresentam melhor evolução cicatricial quando deixadas sem curativo.
Palavras-chave: CURATIVO PÓS-ELETROCOAGULAÇÃO, CICATRIZAÇÃO PÓS-ELETROCOAGULAÇÃO, ELETROCOAGULAÇÃO
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ISSN-e 1806-4841