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Volume 96 Número 1
Investigação
Prevalência e fatores associados ao transtorno dismórfico corporal em mulheres sob atendimento dermatológico em instituição pública brasileira*
Prevalence and factors associated with body dysmorphic disorder in women under dermatological care at a Brazilian public institution*
Mariana Mathias Morita; Maira Renata Merlotto; Cassia Lopes Dantas; Fernando Henrique Olivetti; Helio Amante Miot
Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP, Brasil
Recebido em 21 de novembro de 2019
Aceito em 23 de junho de 2020
Disponível na Internet em 1 de janeiro de 2021
Como citar este artigo: Morita MM, Merlotto MR, Dantas CL, Olivetti FH, Miot HA. Prevalence and factors associated with body dysmorphic disorder in women under dermatological care at a Brazilian public institution. An Bras Dermatol. 2021;96:40 – 6.
Correspondência:
H.A. Miot
E-mail: heliomiot@gmail.com
FUNDAMENTOS: Transtorno dismórfico corporal consiste na preocupação excessiva com defeitos mínimos da aparência, que acarreta prejuízo funcional. Estima-se sua prevalência entre 5%− 35% dos pacientes dermatológicos, especialmente mulheres adultas, com queixas cosmiátricas.
OBJETIVOS: Investigar a prevalência e fatores associados ao transtorno dismórfico em pacientes dermatológicas do sexo feminino, em instituição pública do Brasil.
MÉTODOS: Estudo transversal envolvendo mulheres adultas, atendidas em serviço público dermatológico, no Brasil. Submetidas a inquérito demográfico, além do formulário de triagem quanto ao transtorno dismórfico corporal (Body Dysmorphic Disorder Examination− BDDE). A presença de transtorno dismórfico (BDDE > 66 pontos) foi avaliada entre as participantes conforme as covariáveis demográficas e agravos psicológicos, por regressão logística.
RESULTADOS: Foram avaliadas 223 mulheres. O BDDE apresentou elevada consistência interna (α-Cronbach = 0,90). Destaca-se a alta prevalência de agravos psicológicos e mais de um terço (38%) da amostra com elevado grau de insatisfação com a imagem. A prevalência de transtorno dismórfico foi de 48% entre as mulheres com queixas cosmiátricas e 30% entre as demais (p < 0,01). Menor renda familiar (OR = 2,97), histórico de violência doméstica (OR = 3,23), procura por queixa cosmiátrica (OR = 2,05) e ideação suicida (OR = 4,22) foram fatores associados, independentemente, à ocorrência do transtorno dismórfico corporal.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo monocêntrico, amostra não randomizada oriunda de serviço público.
CONCLUSÕES: O transtorno dismórfico corporal é prevalente entre pacientes dermatológicos do sexo feminino. Apresenta associação com experiências psicológicas traumáticas, menor renda, transtornos afetivos e procura por atendimento cosmiátrico. É fundamental reconhecer o diagnóstico para acolher tais pacientes e encaminhá-los para devido tratamento psiquiátrico ao invés de tentar suplantar suas demandas cosmiátricas.
Palavras-chave: Alcoolismo; Depressão; Imagem corporal; Inquéritos epidemiológicos; Maus-tratos sexuais infantis.
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ISSN-e 1806-4841