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Associados da SBDVolume 95 Número S1
Artigo Especial
Consenso sobre o uso da isotretinoína oral na dermatologia - Sociedade Brasileira de Dermatologia*
Consensus on the use of oral isotretinoin in dermatology - Brazilian Society of Dermatology*
Ediléia Bagatin1; Caroline Sousa Costa2; Marco Alexandre Dias da Rocha1; Fabíola Rosa Picosse1; Cristhine Souza Leão Kamamoto3; Rodrigo Pirmez4; Mayra Ianhez5; Hélio Amante Miot6
1. Departamento de Dermatologia, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
2. Disciplina de Dermatologia, Universidade Federal do Piauí, Piauí, PI, Brasil
3. Clínica Privada, São Paulo, SP, Brasil
4. Centro de Estudos dos Cabelos, Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay, Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
5. Departamento de Medicina Tropical e Dermatologia, Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO, Brasil
6. Departamento de Dermatologia, Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, SP, Brasil
Recebido em 19 de dezembro de 2019
Aceito em 11 de maio de 2020
Disponível na Internet em 18 de novembro de 2020
Como citar este artigo: Bagatin E, Costa CS, Rocha MAD, Picosse FR, Kamamoto CSL, Pirmez R, et al. Brazilian Society of Dermatology consensus on the use of oral isotretinoin in dermatology. An Bras Dermatol. 2020;95(S1):19-38.
Correspondência:
H.A. Miot
heliomiot@gmail.com
FUNDAMENTOS: A isotretinoína é retinoide sintético derivado da vitamina A, com múltiplos mecanismos de ação, altamente eficaz no tratamento da acne, apesar dos eventos adversos comuns controláveis e dose-dependentes. A teratogenicidade, dose-independente, é o mais grave deles. Portanto, indicações não aprovadas exigem critérios rigorosos.
OBJETIVO: Comunicar experiência e recomendação de dermatologistas brasileiros sobre uso oral do fármaco em dermatologia.
MÉTODOS: Oito especialistas, de cinco universidades, foram indicados pela Sociedade Brasileira de Dermatologia para elaborar consenso sobre indicações desse fármaco. Pela metodologia DELPHI adaptada, foram relacionados elementos relevantes e foi feita extensa análise da literatura. O consenso foi definido com aprovação de, no mínimo, 70% dos especialistas.
RESULTADOS: Com aprovação de 100% dos autores, não houve dúvidas sobre a eficácia da isotretinoína oral no tratamento da acne, até como adjuvante na correção das cicatrizes. Os eventos adversos comuns frequentes e controláveis são os mucocutâneos; outros, como atraso no crescimento, cicatrização anormal, depressão e doença inflamatória intestinal, foram exaustivamente investigados e não existem evidências de associação causal - são raros, individuais e não devem contraindicar o uso do fármaco. Sobre indicações não aprovadas, pode representar opção em casos de rosácea refratária, dermatite seborreica grave, estabilização do campo de cancerização com fotoenvelhecimento avançado e, embora incipiente, alopecia frontal fibrosante. Para distúrbios da queratinização, a acitretina apresenta desempenho superior. Na opinião dos autores, não são recomendadas indicações com finalidade unicamente estética ou controle da oleosidade, particularmente para mulheres em idade fértil.
CONCLUSÕES Foram apresentadas e avaliadas criticamente as indicações aprovadas e não aprovadas, a eficácia e os efeitos adversos da isotretinoína oral em dermatologia.
Palavras-chave: Acne vulgar; Dermatite seborreica; Isotretinoína; Rosácea; Vitamina A.
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ISSN-e 1806-4841