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Volume 95 Número 6

Investigação

Dermatite alérgica de contato a cosméticos: análise retrospectiva de uma população submetida aos testes de contato entre 2004 e 2017*

Allergic contact dermatitis to cosmetics: retrospective analysis of a population subjected to patch tests between 2004 and 2017*


Mariana de Figueiredo Silva Hafner1; Ana Carolina Rodrigues2; Rosana Lazzarini1


1. Clínica de Dermatologia, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
2. Faculdade de Ciências Médicas, Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil

Recebido em 10 de setembro de 2019
Aceito em 9 de abril de 2020
Disponível na Internet em 4 de novembro de 2020

Como citar este artigo: Hafner MFS, Rodrigues AC, Lazzarini R. Allergic contact dermatitis to cosmetics: retrospective analysis of a population subjected to patch tests between 2004 and 2017. An Bras Dermatol. 2020;95:696-701.

Correspondência:

M.F. Hafner
mariana@hafner.med.br

 

Resumo

FUNDAMENTOS: Os cosméticos fazem parte do cotidiano da população e seu uso pode levar a quadros de dermatite alérgica de contato.
OBJETIVOS: Avaliar o perfil dos pacientes com diagnóstico de dermatite alérgica de contato a cosméticos atendidos em centro de referência por 13 anos, assim como as características do quadro clínico e dos alérgenos envolvidos.
MÉTODOS: Estudo retrospectivo, com análise de prontuários dos pacientes atendidos no serviço. Os indivíduos incluídos tinham hipótese diagnóstica de dermatite alérgica de contato a cosméticos e haviam sido previamente submetidos a testes epicutâneos.
RESULTADOS: Foram analisados 1.405 prontuários, dos quais 403 (28,7%) com suspeita de dermatite alérgica de contato por cosméticos e 232 (16,5%) com tal diagnóstico confirmado. Desses, 208 (89,7%) eram mulheres e a faixa etária de maior acometimento foi de 31-60 anos. As localizações mais comuns foram face, em 195 casos (25,8%), região cervical, em 116 (15,3%), e tronco, em 96 (12,6%). Os principais alérgenos nos testes de contato foram resina tolueno-sulfonamida-formaldeído, em 69 casos (29,7%), parafenilenodiamina, em 54 (26,3%), Kathon CG, em 41 (20,7%) e perfume-mix 1 em 29 (16,4%). Dos 232 pacientes com diagnóstico de dermatite alérgica de contato por cosméticos confirmado, foi possível especificar, em 154 (66,4%) casos, o produto cosmético responsável pelas lesões.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: A ausência de alguns alérgenos considerados importantes no mundo como causadores de dermatite alérgica de contato, cujo acesso em nosso meio ainda é restrito.
CONCLUSÕES: Os dados da população analisada (predominância de mulheres jovens), assim como a localização das lesões (face e região cervical) e os principais alérgenos envolvidos, foram condizentes com os dados da literatura mundial.

Palavras-chave: Cosméticos; Dermatite alérgica de contato; Testes do emplastro.



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ISSN-e 1806-4841

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