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Volume 93 Número 3

Investigação

Tratamento da leishmaniose cutânea com termoterapia no Brasil: estudo de eficácia e segurança*

Treatment of cutaneous leishmaniasis with thermotherapy in Brazil: an efficacy and safety study*


Sheila Viana Castelo Branco Gonçalves1; Carlos Henrique Nery Costa2


1. Ambulatório de Dermatologia, Hospital Getúlio Vargas (HGV), Teresina (PI), Brasil
2. Departamento de Medicina Comunitária, Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina (PI), Brasil

Recebido 06 Setembro 2016
Aceito 19 Março 2017
Suporte Financeiro: FADEX - Fundação Cultural e de Fomento à Pesquisa, Ensino e Extensão e Inovação
Conflito de Interesses: Nenhum
Como citar este artigo: Gonçalves SVCB, Costa CHN. Treatment of cutaneous leishmaniasis with thermotherapy in Brazil: an efficacy and safety study. An Bras Dermatol. 2018;93(3):347-55.

Correspondência:

Sheila Viana Castelo Branco Gonçalves
E-mail: sheilacastelo@hotmail.com

 

Resumo

FUNDAMENTOS: Os antimoniais pentavalentes permanecem como drogas padronizadas no tratamento da leishmaniose cutânea. O alto custo, a dificuldade de administração, o tempo de tratamento, a toxicidade e o aumento da morbidade são fatores limitantes no uso dessas medicações.
OBJETIVOS: Descrever a resposta à termoterapia por radiofrequência no tratamento da leishmaniose cutânea localizada, no Brasil, bem como avaliar sua segurança e tolerabilidade.
MÉTODOS: Foi feito um ensaio clínico aberto não comparativo com um total de 15 pacientes que tiveram o diagnóstico de leishmaniose cutânea confirmado parasitologicamente. Uma única sessão de termoterapia com radiofrequência a 50°C por 30 segundos foi aplicada na lesão e em sua borda. Quando havia mais de uma lesão no mesmo paciente, apenas a maior era tratada inicialmente. Se após 30 dias não houvesse evidência de cicatrização, as demais lesões menores também recebiam a termoterapia. A cura clínica foi definida como cicatrização visível até três meses após o tratamento. Os pacientes foram acompanhados durante seis meses e não houve perda de seguimento.
RESULTADOS: Um total de 23 lesões foram monitoradas, e somente duas evoluíram para cura sem necessidade de receber tratamento. Houve completa cicatrização de 18 lesões (85,7%) de um total de 21 lesões tratadas. Os principais efeitos colaterais observados foram prurido, ardência, dor e bolhas.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Amostra com pequeno número de pacientes e seguimento de apenas seis meses.
CONCLUSÃO: A termoterapia com radiofrequência pode ser considerada uma alternativa terapêutica na leishmaniose cutânea localizada, especialmente nos casos de lesão cutânea única e com contraindicações formais ao tratamento tradicional com antimoniato.

Palavras-chave: Hipertermia induzida; Leishmania; Leishmaniose cutânea; Terapêutica



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ISSN-e 1806-4841

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