1. Departamento de Desportos, Universidade Federal de Pelotas (UFPel) – Pelotas (RS), Brasil
2. Departamento de Nutrição, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Porto Alegre (RS), Brasil

Trabalho submetido em 20.03.2016
Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 01.08.2016
Suporte Financeiro: Nenhum.
Conflito de Interesses: Nenhum.
Como citar este artigo: Rombaldi AJ, Canabarro LK, Neutzling MB, Silva MC. Prevalência e fatores associados à exposição e proteção solar de professores de educação física de Pelotas/RS, Brasil. An Bras Dermatol. 2017;92(6): 791-7

Correspondência:

Airton José Rombaldi
Rua Luís de Camões - 625 Bairro Três Vendas
96055-630 Pelotas, RS - Brasil
E-mail: ajrombaldi@gmail.com

 

Resumo

FUNDAMENTOS: Reduzir o tempo de exposição solar e utilizar protetor são ações importantes para a prevenção do câncer de pele.
OBJETIVO: verificar as prevalências de exposição solar e uso de protetor solar e fatores associados em professores de educação física do ensino básico da cidade de Pelotas/RS.
MÉTODOS: foi conduzido estudo tipo censo com professores de educação física do ensino básico da cidade de Pelotas. Foi medido o tempo de exposição ao sol no ambiente de trabalho por, pelo menos, 20min, entre 10h e 16h, e o uso de protetor solar durante a jornada de trabalho.
RESULTADOS: um total de 188 professores foi entrevistado. A prevalência de exposição solar no trabalho foi de 89,2% (IC95% 83,8-93,3), e a do uso de protetor solar foi de 63,3% (IC95% 56,0%-70,2%). Quando a amostra foi estratificada por sexo, as mulheres reportaram maior uso de protetor solar (78,5% -IC95% 72,2-84,3) do que os homens (38,9% -IC95% 31,8-46,2) (p < 0,001). Os professores com maior jornada de trabalho semanal apresentaram maior risco de exposição ao sol. Adicionalmente, mulheres, sujeitos eutróficos e com menor jornada de trabalho mostraram maior probabilidade de usar protetor solar.
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: estudo transversal e falta de informações sobre o uso correto e a frequência de uso do protetor solar.
CONCLUSÃO: professores de educação física estavam altamente expostos à radiação solar, e menos de dois terços utilizavam protetor solar durante a jornada de trabalho. Intervenções com esse grupo profissional são necessárias de modo a reduzir o risco de câncer de pele.

Palavras-chave: Câncer ocupacional; Melanoma; Radiação solar; Trabalho

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