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Volume 92 Número 5

Investigação

Dermatoses em doentes transplantados renais: um estudo retrospectivo*

Skin disorders in renal transplant recipients: a retrospective study*


Pedro Miguel Clemente Garrido1; João Borges-Costa1,2


1. Unidade de Investigação em Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) – Lisboa, Portugal
2. Clínica Universitária de Dermatologia de Lisboa, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE (CHLN) – Lisboa, Portugal

Recebido em 15.05.2016
Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 07.07.2016
Suporte Financeiro: Nenhum
Conflito de Interesses: Nenhum
Como citar este artigo: Garrido PM, Borges-Costa J. Dermatoses em doentes transplantados renais: um estudo retrospectivo. An Bras Dermatol. 2017;92(5):638-42.

Correspondência:

Pedro Miguel Clemente Garrido
Serviço de Dermatologia - Hospital de Santa Maria
Av. Professor Egas Moniz
1649-028 Lisboa, Portugal
Email: pedro.mi.garrido@gmail.com

 

Resumo

FUNDAMENTOS: A terapêutica imunossupressora, necessária para evitar a rejeição de órgão em doentes submetidos a transplante renal, acarreta um risco acrescido de diversas enfermidades, nomeadamente infecciosas e neoplásicas.
OBJETIVOS: Identificar as enfermidades cutâneas mais frequentes numa série de doentes transplantados renais e os fatores de risco sociodemográficos e clínicos para as dermatoses diagnosticadas.
MÉTODOS: Estudo retrospetivo dos doentes transplantados renais, referenciados à consulta de Dermatologia e observados, pela primeira vez, entre janeiro de 2008 e dezembro de 2014.
RESULTADOS: Dos 197 doentes, 120 eram do sexo masculino (60,9%). A média de idades foi de 50,7 anos (± 13,4). As infecções foram o motivo de consulta mais frequente (93/197; 44%). Tinham antecedentes de neoplasia cutânea 12 (6,1%) doentes. As lesões pré-neoplásicas motivaram 18,3% (36/197) das referenciações. O câncer de pele foi diagnosticado em 36 doentes (18,3%), com 29 casos de câncer cutâneo não melanoma (14,7%) e sete de sarcoma de Kaposi (3,6%). A razão de basaliomas/carcinomas espinocelulares foi de 1,1:1. O câncer cutâneo não melanoma esteve significativamente associado à maior idade (p = 0,002), ao sexo masculino (p = 0,028), a antecedentes de neoplasia cutânea (p = 0,002) e à maior duração da terapêutica imunossupressora (p < 0,001).
LIMITAÇÕES DO ESTUDO: Estudo retrospetivo, com dados referentes à primeira consulta em Dermatologia, sem classificação em fototipos.
CONCLUSÃO: A elevada incidência de infecções e de neoplasias cutâneas acarreta grande morbilidade, sendo importante garantir um acompanhamento dermatológico regular dos doentes transplantados renais, promovendo a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento eficaz.

Palavras-chave: Carcinoma basocelular; Carcinoma de células escamosas; Neoplasias cutâneas; Transplante de rim



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ISSN-e 1806-4841

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