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Volume 92 Número 5

Educação médica continuada

Esporotricose: atualização epidemiológica, etiopatogênica, laboratorial e clínico-terapêutica*

Sporotrichosis: an update on epidemiology, etiopathogenesis, laboratory and clinical therapeutics*


Rosane Orofino-Costa1,4; Priscila Marques de Macedo2; Anderson Messias Rodrigues3; Andréa Reis Bernardes-Engemann1,4


1. Disciplina Dermatologia, Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FCM-UERJ) – Rio de Janeiro - RJ, Brasil
2. Laboratório de Pesquisa Clínica em Dermatologia Infecciosa, Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Fundação Oswaldo Cruz (INI/Fiocruz) – Rio de Janeiro - RJ, Brasil
3. Laboratório de Patógenos Fúngicos Emergentes, Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) – São Paulo - SP, Brasil
4. Laboratório de Micologia, Disciplina de Dermatologia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) – Rio de Janeiro - RJ, Brasil

Recebido em 11.05.2017
Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 23.07.2017
Suporte Financeiro: Nenhum
Conflito de Interesses: Nenhum
Como citar este artigo: Orofino-Costa R, de Macedo PM, Rodrigues AM, Bernardes-Engemann AR. Esporotricose: atualização epidemiológica, etiopatogênica, laboratorial e clínico-terapêutica. An Bras Dermatol. 2017;92(5):606-20.

Correspondência:

Rosane Orofino Costa
Av. 28 de Setembro, 77 - 2º andar Vila Isabel
20551-030 Rio de Janeiro - RJ - Brasil
E-mail: rosaneorofino@globo.com

 

Resumo

No final da década de 90, ocorreu uma mudança na via de transmissão e população de risco para esporotricose no Estado do Rio de Janeiro. Essa rota zoonótica alternativa de transmissão gato-homem vem provocando mudanças nas estratégias para a contenção da epidemia. Houve um aumento progressivo do número de casos envolvendo principalmente idosos e crianças. Além de ter se tornado uma doença hiperendêmica, emergiram formas clínicas incomuns como as imunorreativas e mais graves como as sistêmicas. Novas espécies de Sporothrix foram identificadas, usando-se ferramentas moleculares, com base em isolados clínicos considerados mais virulentos, tais como o S. brasiliensis, quando comparados aos isolados ambientais. Espécies diferentes foram relacionadas a regiões geográficas diferentes. Embora o padrão-ouro para o diagnóstico da esporotricose seja o isolamento e a identificação do Sporothrix spp. em material coletado dos pacientes, ferramentas sorológicas e moleculares também podem ser empregadas para auxiliar o diagnóstico e/ou identificar a espécie. No contexto atual da esporotricose, o conhecimento do perfil epidemiológico-molecular torna-se indispensável para o controle da doença e para a implantação de tratamento específico. Itraconazol, iodeto de potássio, terbinafina e anfotericina B são os principais medicamentos disponíveis no Brasil para o tratamento da esporotricose. A escolha da droga, dose e tempo de tratamento variam de acordo com a forma clínica da doença, o agente etiológico e principalmente com o estado imunológico do paciente. Novas opções de tratamento, inclusive uma vacina, estão em desenvolvimento, no entanto, ainda precisam de mais estudos clínicos para confirmar sua eficácia.

Palavras-chave: Biologia molecular; Diagnóstico; Epidemiologia; Esporotricose; Sorologia; Sporothrix; Terapêutica



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ISSN-e 1806-4841

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