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Volume 91 Número 3

Investigação

Perfil clínico-epidemiológico de pacientes com hanseníase atendidos em hospital universitário no Ceará entre 2007 e 2011*

Clinical and epidemiological profile of leprosy patients attended at ceará, 2007-2011*


Maria Iranilda Queirós; Alberto Novaes Ramos Júnior; Carlos Henrique Morais Alencar; Lorena Dias Monteiro; Amanda Lima Sena; Jaqueline Caracas Barbosa


Universidade Federal do Ceará (UFC) - Fortaleza (CE), Brasil

Recebido em 09.10.2014
Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 04.09.2015
Suporte financeiro: nenhum.
Conflito de interesses: nenhum.
Como citar este artigo: Queirós MI, Ramos Jr. AN, Alencar CHM, Monteiro LD, Sena AL, Barbosa JC. Perfil clínicoepidemiológico de pacientes com hanseníase atendidos em hospital universitário no Ceará entre 2007 e 2011. An Bras Dermatol. 2016;91(3):311-7.

Correspondência:

Maria Iranilda Queirós
R. Henriqueta Galeno, 380 - Apto. 1801 Bairro Aldeota
60.135-420 - Fortaleza, - CE Brasil
Email: iranildaqueiros@hotmail.com

 

Resumo

FUNDAMENTOS: Hanseníase representa condição crônica infecciosa associada a graves impactos físicos, sociais e psicológicos.
OBJETIVO: Objetivou-se caracterizar o perfil clínico-epidemiológico da hanseníase em pacientes atendidos de 2007 a 2011 em hospital universitário do estado do Ceará, Nordeste do Brasil.
MÉTODO: Estudo retrospectivo de natureza descritiva. A população foi composta por pessoas residentes no estado do Ceará, atendidas em ambulatório de Dermatologia entre 2007 e 2011. Os dados clínico-epidemiológicos analisados foram obtidos a partir de prontuários e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação.
RESULTADOS: Foram analisados 475 casos, em sua maioria mulheres (51,8%), com perfil etário entre 45 a 59 anos (35,0%) - média de 45,2 anos ao diagnóstico -, com 6,3% de menores de 15 anos, com baixa escolaridade (73,7%), de cor branca (68,8%), residentes no município de Fortaleza (82,3%) e sem ocupação definida (59,6%). Ao diagnóstico, a maioria era multibacilar (MB) (65,5%), forma clínica dimorfa (48,0%), e 22,7% tinham incapacidade física (8,0% com grau 2), com predomínio nos casos MB (p<0,001. Em relação à alta, houve piora da incapacidade física em 5,1% dos casos. A proporção de casos com episódios reacionais foi de 42,7%, principalmente durante a poliquimioterapia (51,2%).
CONCLUSÃO: Trata-se do primeiro estudo conduzido neste hospital, revelando diagnóstico tardio, elevada carga de morbidade, endemia oculta e grande vulnerabilidade social no estado do Ceará. Reforça-se a necessidade de fortalecimento da rede de atenção à saúde para diagnóstico e tratamento oportunos, com vistas à longitudinalidade da assistência.

Palavras-chave: Epidemiologia; Hanseníase; Saúde da pessoa com deficiência; Serviços de saúde



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ISSN-e 1806-4841

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