1. Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo - São Paulo (SP), Brasil
2. Clínica privada - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
3. Complexo Hospitalar Padre Bento de Guarulhos - Guarulhos (SP), Brasil

Recebido em 15.10.2014
Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 23.03.2015
Suporte financeiro: Bolsa de estudos Capes
Conflito de interesses: Baterias de testes de contato fornecidas pelo Laboratório FDA-Allergenic
Como citar este artigo: Yoshimura FC, Cunha VES, Hahnstadt RL, Pires MC. Avaliação da bateria odontológica em pacientes portadores de próteses odontológicas com suspeita de hipersensibilidade tardia de contato. An Bras Dermatol. 2016;91(2):141-8.

Correspondência:

Fernanda Cortinhas Yoshimura
Rua Pedro de Toledo,1800 Moema
04029-000 - São Paulo - SP Brasil
Email: fe.yoshi@uol.com.br

 

Resumo

FUNDAMENTOS: Pacientes com hipersensibilidade oral frequentemente procuram as clínicas dermatológicas e odontológicas. A dermatite alérgica de contato é uma das etiologias mais comuns.
OBJETIVO: Avaliar a alergia de contato oral utilizando a bateria padrão de testes brasileira, complementada por produtos odontológicos, em pacientes que usam próteses com ou sem queixa oral alérgica. Estabelecer uma bateria odontológica específica brasileira.
MÉTODOS: Pacientes usuários de próteses odontológicas, com ou sem queixas alérgicas orais, foram submetidos ao teste de contato. As baterias de testes utilizadas foram a brasileira e a complementar odontológica, e a técnica empregada seguiu as recomendações do International Contact Dermatitis Research Group (ICDRG). As variáveis analisadas em relação à positividade foram idade, sexo, raça, presença ou não de atopia e sintomas associados.
RESULTADOS: Dos 54 pacientes avaliados, 34(63%)mostraram positividade para pelo menos uma substância de utilização odontológica. Destes, 19 apresentavam queixas orais, como sensação de queimação, coceira e eritema labial e perioral. Não houve associação entre atopia e positividade dos testes. Na bateria padrão brasileira, apenas 23(42,6%) pacientes exibiram positividade aos testes; quando somados os resultados da bateria complementar odontológica, esse número subiu para 34 (63%), o que elevou em 47% a positividade.
CONCLUSÃO: Em pacientes que utilizam próteses odontológicas, o teste de contato com substâncias de interesse odontológico presentes na bateria padrão brasileira somadas às da bateria complementar odontológica é um importante auxiliar no diagnóstico da hipersensibilidade tardia de contato.

Palavras-chave: Hipersensibilidade; Prótese dentária; Próteses e implantes; Testes cutâneos; Testes do emplastro

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