1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Porto Alegre (RS), Brasil
2. Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre - Porto Alegre (RS), Brasil

Recebido em 04.12.2014
Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 03.03.2015
Suporte Financeiro: Fundo de Incentivo e Fomento à Pesquisa do HCPA - FIPE
Conflito de Interesses: Nenhum
Como citar este artigo: Reginatto FP, De Villa D, Cestari TF. Afecções cutâneas neonatais benignas com presença de pústulas. An Bras Dermatol. 2016;91(2):124-34.

Correspondência:

Flávia Pereira Reginatto
Rua Ramiro Barcelos, 2350 Santa Cecília
90035-903 - Porto Alegre - RS Brasil
E-mail: flaviareginatto@ufrgs.br

 

Resumo

No período neonatal, que se estende do nascimento até as primeiras quatro semanas de vida, a criança, com frequência, apresenta achados dermatológicos temporários que podem estar relacionados à resposta fisiológica, a enfermidades passageiras ou serem marcadores de doenças. A presença de pústulas na pele do neonato é, muitas vezes, motivo de preocupação, pois o recém-nascido é especialmente vulnerável às infecções. No entanto, a maioria das pústulas cutâneas neonatais é de origem não infecciosa ou benigna, compreendendo as pustuloses benignas neonatais. As mais comuns são o eritema tóxico neonatal, a melanose pustulosa transitória neonatal e a pustulose cefálica benigna. Estas apresentam caráter benigno, são assintomáticas e autolimitadas. É importante que o dermatologista e o neonatologista saibam identificar as lesões benignas e transitórias, aquelas causadas por genodermatoses e, principalmente, diferenciar entre os neonatos que apresentam envolvimento sistêmico daqueles nos quais a dermatose é benigna e restrita à pele, evitando assim exames diagnósticos e preocupações desnecessários.

Palavras-chave: Dermatopatias; Doenças do recém-nascido; Manifestações cutâneas; Neonatologia; Recém-nascido

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