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Volume 90 Número 2

Investigação

Avaliação dos perfis social, clínico e laboratorial dos pacientes com diagnóstico de hanseníase em serviço de referência de São Paulo*

Evaluation of the social, clinical and laboratorial profile of patients diagnosed with leprosy in a reference center in São Paulo*


Ana Carolina Souza Porto1; Renata Borges Fortes Costa Figueira2; Jaison Antônio Barreto2; José Roberto Pereira Lauris3


1. Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) - São Paulo (SP), Brasil
2. Instituto Lauro de Souza Lima (ILSL) - Bauru (SP), Brasil
3. Universidade de São Paulo (USP) - São Paulo (SP), Brasil

Recebido em 19.01.2014.
Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 16.05.2014.
Suporte Financeiro: Nenhum
Conflito de Interesses: Nenhum
Como citar este artigo: Porto ACS, Figueira RBFC, Barreto JA, Lauris JRP. Avaliação dos perfis social, clínico e laboratorial dos pacientes com diagnóstico de hanseníase em serviço de referência de São Paulo. An Bras Dermatol. 2015;90(2):172-80.

Correspondência:

Ana Carolina Souza Porto
Rua Loefgreen, 1654, apto 71 - Vila Clementino
04040-002 - São Paulo - SP Brasil
E-mail: carolsporto1@hotmail.com

 

Resumo

FUNDAMENTOS: A hanseníase é a principal causa infecciosa de incapacidades. É descrita como eliminada em São Paulo desde 2005, mas o diagnóstico ainda é tardio.
OBJETIVOS: Estudar os perfis social, clínico e laboratorial de pacientes diagnosticados com hanseníase, entre 01/2007 e 12/2011, em centro de referência de São Paulo.
MÉTODOS: Estudo descritivo e retrospectivo. Foram levantados dados de todos os casos novos de hanseníase diagnosticados entre 01/2007 e 12/2011 no Instituto Lauro de Souza Lima.
RESULTADOS: Diagnosticados 103 homens e 71 mulheres, a maioria portadora da forma multibacilar. A média de idade ao diagnóstico foi de 49 anos, 2,2% eram crianças, 70% tinham ensino fundamental incompleto e 50% foram encaminhados sem suspeita diagnóstica. A média de tempo desde sintomas até diagnóstico foi de 2 anos, 64% tinham incapacidade, sendo 26% grau 2 de incapacidade. Foram diagnosticados após convocação 23 casos e 80% destes não tinham incapacidades. A concordância entre a classificação de Ridley e Jopling e da OMS foi de 75% (kappa=0,44). A sorologia IgM anti-PGL1 (87 pacientes) apresentou valor médio de 0,25 e houve associação entre classificação multibacilares e positividade do teste (p<0,001).
CONCLUSÃO: O diagnóstico de hanseníase em São Paulo ainda é tardio. A doença acometeu principalmente população socialmente desfavorecida e economicamente ativa. A queda na detecção (41%), nos últimos 10 anos, pode ser devido à falta de suspeita e descentralização. Para a classificação de pacientes com hanseníase avançada, tanto os critérios da OMS quanto os de R & J foram úteis.

Palavras-chave: Epidemiologia; Hanseníase; Mycobacterium leprae; Saúde Pública



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ISSN-e 1806-4841

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