1. Mestre em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); professora-assistente de Dermatologia da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD); doutoranda em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
2. Doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); estatística da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
3. Biomédico; mestre em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás (UFG) - Goiânia (GO), Brasil
4. Doutora em Medicina Tropical pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); professora titular da Fundação Oswaldo Cruz(Fiocruz) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil
5. Doutora em Imunologia pela Universiteitvan Amsterdam, Holanda; professora colaboradora da Universidade Federal de Goiás (UFG) - Goiânia (GO), Brasil
6. Doutora em Dermatologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); professora adjunta da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Rio de Janeiro (RJ), Brasil

Recebido em 18.09.2012.
Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 11.01.2013.
Suporte Financeiro: Os testes foram fornecidos pela Fundação Nacional de Saúde. / Financial Support: The tests were provided by the National Health Foundation.
Conflito Interesses: Nenhum. / Conflict of Interests: None.
Como citar este artigo/How to cite this article: Calado KLS, Magnanini MMF, Moura RS, Gallo MEN, Bührer-Sékula S, Oliveira MLW. Sorologia com o teste ML flow em profissionais de saúde em três diferentes estados do Brasil. An Bras Dermatol. 2013;88(6):919-24.

Correspondência:
Karla Lucena Sampaio Calado
Rua Monte Alegre, 2135/602 - Vila Progresso
79825-040 - Dourados - MS Brasil
E-mail: kaesse@ig.com.br

 

Resumo

FUNDAMENTOS: Em países altamente endêmicos a transmissão e infecção sub-clínica da hanseníase provavelmente ocorrem e a doença se manifesta em indivíduos sem qualquer contato próximo conhecido com paciente com hanseníase. Os trabalhadores de saúde são contatos sociais que pertencem à mesma rede (Sistema de Saúde) e alguns deles compartilham o mesmo ambiente social (auxiliares de enfermagem) com pacientes conhecidos e/ou portadores.
OBJETIVO: Conhecer a soropositividade ao ML Flow entre os profissionais de saúde.
MÉTODOS: Foi realizado um estudo transversal através de inquérito sorológico com o teste ML Flow em 450 profissionais de saúde (médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem) visando conhecer a soropositividade em áreas de alta e baixa endemicidade em municípios de três estados brasileiros (RS, MS e RJ).
RESULTADOS: Os resultados mostraram 16% de soropositividade em geral, mais elevada na área de baixa endemicidade, independente da assistência direta a pacientes com hanseníase. Paradoxalmente foi observada associação estatística entre a área estudada e soropositividade, apontando o lugar de mais baixa endemicidade (CA) com o maior valor (p=0,033).
CONCLUSÃO: os autores sugerem a presença de ligação inespecífica a soroalbumina bovina (BSA), carreadora do antígeno PGL-1 no teste ML Flow para explicar os resultados inesperados e recomendam testagem ampliada utilizando testes com albumina humana e bovina.

Palavras-chave: Educação profissional em saúde pública; Hanseníase; Pessoal de saúde; Sistemas de saúde; Sistema Único de Saúde; Testes sorológicos

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