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Volume 88 Número 4

Investigação

Epidemiologia e perfil de impacto das doenças sexualmente transmissíveis atendidas num centro de saúde especializado de janeiro de 1999 a dezembro de 2009

Sexually Transmitted Diseases in a specialized STD healthcare center: epidemiology and demographic profile from January 1999 to December 2009


Luiz Jorge Fagundes1, Elso Elias Vieira Junior2, Ana Carolina Marteline Cavalcante Moysés3, Fernão Dias de Lima4, Fátima Regina Borges de Morais5, Natalina Lima Vizinho6


1Mestre e doutor pela Universidade de São Paulo (USP); diretor clínico do Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (CSEGPS-FSP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.
2Pós-Graduando (nível doutorado) do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – São Paulo (SP), Brasil.
3Mestre em Infectologia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); infectologista do Hospital Geral de Guarulhos, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo/OSS e do Instituto de Infectologia Emílio Ribas – São Paulo (SP), Brasil.
4Especialista em Saúde Pública pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP); analista de sistemas do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.
5Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC); responsável pelo Laboratório de Doenças Sexualmente Transmissíveis do Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (CSEGPS-FSP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.
6Enfermeira pela Universidade Nove de Julho (Uninove) – São Paulo (SP), Brasil.

Recebido em 22.09.2012. Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 16.10.2012. * Trabalho realizado no ambulatório de doenças sexualmente transmissíveis do Centro de Saúde Escola Geraldo de Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (CSEGPS-FSP-USP) – São Paulo (SP), Brasil. Suporte Financeiro: Nenhum. / Financial Support: None. Conflito Interesses: Nenhum. / Conflict of Interests: None. Como citar este artigo/How to cite this article: Fagundes LJ, Vieira EE Jr, Moysés ACMC, Lima FD, Morais FRB, Vizinho NL. Epidemiologia e Perfil de Impacto das Doenças Sexualmente Transmissíveis atendidas num Centro de Saúde Especializado de Janeiro de 1999 a Dezembro de 2009. An Bras Dermatol. 2013;88(4):530-6.

Correspondência:
ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA / MAILING ADDRESS: Luiz Jorge Fagundes Avenida Dr. Arnaldo, 925 - Consolação 01255-000 - São Paulo - SP Brasil E-mail: ljfagundes@uol.com.br

 

Resumo

FUNDAMENTOS: As Doenças Sexualmente Transmissíveis continuam sendo consideradas um grave problema de Saúde Pública no Brasil e no Mundo. OBJETIVO: Conhecer a epidemiologia de um serviço de saúde público brasileiro especializado em Doenças Sexualmente Transmissíveis e o perfil de impacto das principais doenças diagnosticadas nesse serviço. MÉTODO: Realizou-se a avaliação epidemiológica, clínica e laboratorial de 4.128 pacientes atendidos num ambulatório especializado em Doenças Sexualmente Transmissíveis, no período compreendido entre janeiro de 1999 a dezembro de 2009. RESULTADOS: Houve predomínio dos pacientes do sexo masculino (76%) em relação aos do sexo feminino (24%); da raça branca (74,3%) sobre as raças parda (14,8%), negra (10,8%) e amarela (0,1%). A ocorrência das Doenças Sexualmente Transmissíveis foi maior na faixa etária de 20 a 29 anos, com 46,2%. Na população estudada, 34,7% dos pacientes completaram o ensino médio, 8,7% o curso superior e 0,8% eram analfabetos. Em relação à orientação afetivo-sexual, 86,5% eram heterossexuais, 7,8% se relacionavam somente com pessoas do mesmo sexo e 5,5% bissexuais. Em relação a prática sexual nos últimos 30 dias, 67,7% declararam ter mantido relação sexual com apenas um parceiro, 8,6% com dois e 3,9% com três ou mais parceiros. As Doenças Sexualmente Transmissíveis de maior incidência foram o condiloma acuminado com 29,4% dos diagnósticos, a candidose genital com 14,2% e o herpes genital, com 10,6% dos casos. Dos 44,3% dos pacientes que realizaram o teste sorológico para detecção do HIV, 5% obtiveram resultado positivo, com razão de 6,8 homens para 1 mulher. CONCLUSÃO: As Doenças Sexualmente Transmissíveis mantêm alta prevalência no Brasil, sendo necessário investir na detecção precoce, prevenção e tratamento adequado.

Palavras-chave: COMPORTAMENTO SEXUAL, DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS, EPIDEMIOLOGIA DOS SERVIÇOS DE SAÚDE, PERFIL DE IMPACTO DA DOENÇA, SOROPOSITIVIDADE PARA HIV



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ISSN-e 1806-4841

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