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Volume 88 Número 2

Investigação

Efeitos adversos das drogas (minociclina, ofloxacina e clofazimina) utilizadas no esquema alternativo para pacientes com hanseníase multibacilar, em unidade de referência, Manaus, Amazonas, Brasil

Adverse effects of alternative therapy (minocycline, ofloxacin, and clofazimine) in multibacillary leprosy patients in a recognized health care unit in Manaus, Amazonas, Brazil*


Marina Valente Maia1, Maria da Graça Souza Cunha2, Carolina Souza Cunha3


Correspondência:
Marina Valente Maia Rua Codajás no 24 - Cachoeirinha Manaus - Amazonas Brazil E-mail address: valente.maia@hotmail.com

 

Resumo

FUNDAMENTOS: Após introdução do esquema poliquimioterápico padrão, houve declínio nos coeficientes de prevalência e detecção de casos novos; entretanto, os registros de resistência medicamentosa e recidivas representam ameaça para o controle da hanseníase. Dessa forma, a proposição de novos esquemas alternativos e a necessidade de monitorar efeitos adversos são importantes para evitar o abandono do tratamento. OBJETIVO: Descrever efeitos adversos do esquema alternativo contendo clofazimina, ofloxacina e minociclina em pacientes com hanseníase multibacilar. MÉTODOS: Estudo prospectivo, descritivo e observacional de casos multibacilares, incluindo recidivas ou intolerância à poliquimioterapia padrão, realizado na Fundação Alfredo da Matta, Manaus, Amazonas, de abril de 2010 a janeiro de 2012. Os indivíduos receberam a terapia composta de doses diárias auto-administradas de 100mg de minociclina, 400mg de ofloxacina e 50mg de clofazimina e mensais supervisionadas de 300mg de clofazimina por seis meses, seguidas de 18 meses de doses diárias de ofloxacina 400mg, clofazimina 50 mg e supervisionadas mensais de clofazimina 300mg. Resultados: 21 pacientes foram incluídos. Efeitos adversos leves e transitórios foram observados em 33,3% dos pacientes; 45,9% foram atribuídos à ofloxacina, como dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaléia e insônia; 21,6% foram associados à clofazimina, com relatos e observação em 100% dos pacientes de hiperpigmentação cutânea. O tempo médio de desenvolvimento das reações adversas a partir do início do esquema foi de 15,2 dias. CONCLUSÃO: A adesão e regularidade ao esquema foram satisfatórias, com boa tolerabilidade, sem casos de interrupção ao tratamento. Todavia, há necessidade de acompanhamento dos indivíduos e aumento do número amostral para garantir a eficácia e segurança em longo prazo.

Palavras-chave: HANSENÍASE, NÍVEL DE EFEITO ADVERSO NÃO OBSERVADO, QUIMIOTERAPIA COMBINADA, SISTEMAS DE NOTIFICAÇÃO DE REAÇÕES ADVERSAS A MEDICAMENTOS



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ISSN-e 1806-4841

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