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Volume 87 Número 4

Investigação

Relato clínico, epidemiológico e micológico de 65 pacientes com cromoblastomicose procedentes da Amazônia oriental

Clinical, epidemiological and mycological report on 65 patients from the Eastern Amazon region with chromoblastomycosis*


Carla Andréa Avelar Pires1, Marilia Brasil Xavier2, Juarez Antônio Simões Quaresma3, Geraldo Mariano Moraes de Macedo4, Bruna Ranyelle de Marinho Sousa5, Arival Cardoso de Brito6


1Mestrado – Professora-assistente I da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Belém (PA), Brasil.
2Médica dermatologista e infectologista. Doutora em Neurociências e Biologia Celular – Professora-adjunta da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Belém (PA), Brasil.
3Médico patologista. Doutor em Patologia. Professor-adjunto da Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade do Estado do Pará (UEPA) – Belém (PA), Brasil.
4Médico - Médico formado pela Universidade Federal do Pará (UFPA) – Belém (PA), Brasil.
5Estudante - Acadêmica de Medicina da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Belém (PA), Brasil.
6Médico dermatologista – Livre-docente da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Belém (PA), Brasil.

Recebido em 23.01.2011 Aprovado pelo Conselho Editorial e aceito para publicação em 23.05.2011. * Trabalho realizado na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará (FSAMPA) e Departamento de Dermatologia da Universidade Federal do Pará (UFPA) – Belém (PA), Brasil. Conflito de interesses: Nenhum / Conflict of interest: None Suporte financeiro: Nenhum / Financial funding: None

Correspondência:
Carla Andréa Avelar Pires Rua Bernal do Couto, 901 - Umarizal 66080-200 Belém, PA, Brazil E-mail: carlaavelarpires@bol.com.br

 

Resumo

FUNDAMENTOS: A cromoblastomicose é uma infecção fúngica crônica, causada por fungos da família Dematiaceae, sendo Fonsecaea pedrosoi a mais comum, segundo vários estudos. É mais frequente em países tropicais e o estado do Pará possui grande casuística mundial. A doença é de difícil tratamento e apresenta recorrência frequente. OBJETIVOS: Descrever os aspectos epidemiológicos, micológicos e formas clínicas dos casos de cromoblastomicose procedentes do estado do Pará - Brasil. MÉTODOS: Foram realizados exames micológicos (direto, cultura e microcultivo) e observação clinicoepidemiológica em 65 pacientes do Serviço de Dermatologia da Universidade Federal do Pará, atendidos no período de 2000 a 2007. Empregou-se a classificação clínica proposta por Carrión em 1950. RESULTADOS: Os pacientes eram, em sua maioria, homens (93,8%), lavradores (89,2%), faixa etária entre 45-55 anos, com predominância de lesões verruciformes (55,4%), localizadas principalmente nos membros inferiores (81,5%). A maioria dos casos pesquisados (61,5%) apresentou um longo tempo de doença, com uma média de 11 anos. O exame micológico direto foi realizado em 86,2% (n=56) dos pacientes; destes, 96,4% (n=54) apresentaram resultado positivo. Foram realizados cultura e microcultivo in vitro de 47 pacientes com exame micológico positivo e os resultados mostraram o Fonsecaea pedrosoi como único agente etiológico identificado nesta amostra. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou o quanto a cromoblastomicose ainda compromete a qualidade de vida da população local, principalmente a de indivíduos que trabalham em lavouras, cursando com evolução crônica e sem tratamento eficaz. Observa-se a importância de dar continuidade a este estudo, o que poderá proporcionar novas contribuições clínicas ou epidemiológicas.

Palavras-chave: CROMOBLASTOMICOSE, EPIDEMIOLOGIA, FUNGOS, GRANULOMA



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ISSN-e 1806-4841

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