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Volume 87 Número 2

Investigação

Epidemiologia dos carcinomas basocelulares e espinhocelulares em um Serviço de Dermatologia - revisão de 5 anos

Epidemiology of basal cell carcinomas and squamous cell carcinomas in a Department of Dermatology - a 5-year review


Pedro Andrade1, Maria Manuel Brites2, Ricardo Vieira2, Angelina Mariano3, José Pedro Reis3, Oscar Tellechea4, Américo Figueiredo5


Correspondência:
MAILING ADDRESS: Pedro Andrade Serviço de Dermatologia e Venereologia Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE Praceta Mota Pinto 3000-075 Coimbra Portugal E-mail: pedro.andrade@portugalmail.com

 

Resumo

FUNDAMENTOS: O cancro cutâneo não-melanoma, designação conjunta para os carcinomas basocelulares e espinhocelulares, é o tipo de neoplasia cutânea maligna mais frequente. OBJETIVOS: Caracterização epidemiológica da população diagnosticada com cancro cutâneo não-melanoma. MÉTODOS: Foi realizada uma análise retrospectiva dos doentes portadores de cancro cutâneo não-melanoma identificados por análise histológica de todas as biopsias cutâneas incisionais ou excisionais ao longo de 5 anos (2004-2008) num serviço de Dermatologia. RESULTADOS: foram identificados 3075 cancros cutâneos não-melanoma, representando 88% do total de neoplasias malignas diagnosticadas no mesmo período (n=3493). Destes, 68,3% eram carcinomas basocelulares. No seu conjunto, a população de cancro cutâneo nãomelanoma era predominantemente constituída por indivíduos idosos e do sexo feminino, tendo sido observado um aumento consistente da freqüência ao longo do período avaliado (5,25%/ano). A maioria dos cancros cutâneos não-melanoma (n=1443, 81,7%) foi identificada nas áreas de pele foto-exposta, representando 95,1% de todas as neoplasias malignas em áreas foto-expostas. O cancro cutâneo não-melanoma foi a neoplasia mais representativa na generalidade das áreas topográficas, à exceção do abdômen e da pélvis, representando, em particular, mais de 95% das neoplasias malignas da face, da região cervical e do couro cabeludo. O carcinoma basocelular foi o cancro cutâneo não-melanoma predominante em todas as localizações, à exceção dos membros inferiores e superiores, lábio inferior e da área genital, onde o carcinoma espinhocelular representou, respectivamente, 77,7%, 77,4%, 94,7% e 95,3% dos casos. CONCLUSÕES: O cancro cutâneo não-melanoma, como neoplasia maligna cutânea mais freqüente, deverá ser alvo de uma monitorização regular, com vista à determinação da sua dinâmica epidemiológica, da eficácia das medidas preventivas e adequação dos recursos de saúde.

Palavras-chave: CARCINOMA BASOCELULAR, CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS, NEOPLASIAS, NEOPLASIAS CUTÂNEAS



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ISSN-e 1806-4841

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