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Volume 86 Número 5

Investigação

Curativo de biomembrana vegetal e hipersensibilidade

Natural-biomembrane dressing and hypersensitivity


Marco Andrey Cipriani Frade1, Joaquim Coutinho Netto2, Fernanda Guzzo Gomes3, Eduardo Lopez Mazzucato4, Thiago Antônio Moretti de Andrade5, Norma Tiraboschi Foss6


1Doutor (pós-doutorado) – Professor-doutor da Divisão de Dermatologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.
2Livre-docente – Professor-associado do Departamento de Bioquímica e Imunologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.
3Mestre - Aluna de Pós-Graduação - Interunidades em Bioengenharia da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC – USP), Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (IQSC – USP) e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.
4Graduado em Medicina – Médico-residente do Departamento de Cirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.
5Mestre – Doutorando pela Pós-Graduação em Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.
6Livre-docente – Professora-associada da Divisão de Dermatologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) – São Paulo (SP), Brasil.

Recebido em 09.08.2010. Aprovado pelo Conselho Consultivo e aceito para publicação em 06.10.10. * Trabalho realizado no Ambulatório da Dermatologia de Úlceras Neurovasculares (ADUN) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HC – FMRP/USP) – São Paulo (SP), Brasil. Conflito de interesse: Nenhum Suporte financeiro: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP number 04/10409-4; Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Assistência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FAEPA-HC-FMRP/USP) – São Paulo (SP), Brasil. Como citar este artigo: Frade MAC, Coutinho-Netto J, Gomes FG, Mazzucato EL, Andrade TAM, Foss NT. Curativo de biomembrana vegetal e hipersensibilidade. An Bras Dermatol. 011;86(5):885-91.

Correspondência:
Marco Andrey Cipriani Frade Av. Bandeirantes, 3.900 - Monte Alegre CEP: 14048-900, Ribeirão Preto (SP) – Brasil E-mail: mandrey@fmrp.usp.br

 

Resumo

FUNDAMENTOS: A biomembrana vegetal do látex da seringueira Hevea brasiliensis tem sido usada como curativo para úlceras cutâneas.
OBJETIVOS: Avaliar a segurança da biomembrana vegetal como curativo em relação à hipersensibilidade ao látex.
MÉTODOS: Foram selecionados pacientes com úlceras cutâneas constituindo-se os grupos: controle - baixa exposição profissional ao látex (n=17); alta exposição profissional (n=14); ulcerados em uso da biomembrana vegetal (n=13); ulcerados-controle sem usoda biomembrana vegetal (n=14) e casos novos (n=9), submetidos à avaliação pré e após 3 meses de uso da biomembrana vegetal. Todos foram submetidos à avaliação clínico-epidemiológica quanto à hipersensibilidade ao látex e IgE específica (UniCap®), e os grupos controle e controle exposto ao látex ao "patch test".
RESULTADOS: A história de hipersensibilidade foi positiva em 64,7% dos pacientes do grupo-controle, 71,4% do controle exposto ao látex, 61,5% dos ulcerados em uso da biomembrana vegetal, 35,7% dos ulcerados-controle, e apenas 22,2% no grupo casos novos. Ao teste de contato dos grupos controle e controle exposto ao látex, apenas um indivíduo do grupo C (baixo contato) apresentou eritema na primeira leitura, negativando-se na segunda. A média de contato com látex no grupo-controle exposto ao látex foi de 3,42 horas/dia. No ensaio fluoroimunoenzimático, a grande maioria dos soros foi classificada como zero (variação 0 a 6). Nenhum soro recebeu classificação acima de 2, não sendo considerada classificação significante para hipersensibilidade (classificação > 4).
CONCLUSÃO: A biomembrana vegetal mostrou-se segura como curativo, pois não induziu reações de hipersensibilidade entre os voluntários submetidos ao "patch test", nem entre os usuários da biomembrana vegetal, como demonstrado clinica e imunologicamente pela dosagem de IgE.

Palavras-chave: CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS, CURATIVOS BIOLÓGICOS, HIPERSENSIBILIDADE AO LÁTEX, ÚLCERA DA PERNA



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ISSN-e 1806-4841

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