¹Docente-livre da Clin. Dérmato-Sifil. da Fac. de Med, da Univ. de S. Paulo

*Tema de Relação ao Simpósio sóbre “Colagenoses” - IX Reunião Anual dos Dérmato-Sifilógrafos Brasileiros. S. Paulo, Setembro de 1952.*

Correspondência:
Rua Marconi, 131 – 6.º (S. Paulo)

 

Resumo

O A. expõe sumàriamente, do ponto de visto do alergista, a importância e o mecanismo de ação de fatores alérgicos e não alérgicos na determinação de lesões experimentais do colágeno, e as possíveis aplicações ao estudo das chamadas “colagenoses” humanas. Com os dados experimentais e os decorrentes da observação clínica conclui que, no estado atual dos conhecimentos, não se pode atribuir às colagenoses em geral uma patogenia alérgica exclusiva, mas apenas afirmar que algumas das afecções dêsse grupo apresentaram graus variáveis de probabilidade com referência à hipótese alérgica. Entre as colagenoses, com mais alto grau de probabilidade alérgica, situa o A. a moléstia do sôro e a doença reumática, seguindo-se a poliarterite nodosa. As colagenoses menos provàvelmente alérgicas seriam a esclerodermia, a dermatomiosite e a tromboangeite obliterante. O lupus eritematoso disseminado ocupa o grau médio dessa escala, com aproximadamente igual pêso de argumentos a favor e contra a hipótese alérgica.

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