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Volume 24 Número 2

Artigos originais

Cromoblastomicose no Rio Grande do Sul


NEWTON NEVES DA SILVA1


1Do Departamento Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul.

 

Resumo

O autor apresenta uma estatística de 145 casos de micoses em que foi identificado o agente etiológico, 9 dos quais, ou 6,2%, correspondem às cromoblastomicoses. Faz um pequeno histórico dos casos observados, a partir dos trabalhos de Alexandrino Pedroso, no Brasil, e Medlar & Lane, nos Estados Unidos. Tece algumas considerações sôbre as várias denominações propostas a esta doença, preferindo a de cromoblastomicose. Apresenta uma breve descrição do quadro clínico e microscópico, dos exames laboratoriais e do tratamento. Passa a tratar em seguida na cromoblastomicose no Estado do Rio Grande do Sul, onde já foram publicados 3 casos desta entidade mórbida. O A. teve oportunidade de observar e estudar 9 casos, dos quais dá um resumo da observação. Todos são pacientes do sexo masculino, 8 agricultores, com lesões datando de 5 meses a 30 anos. O aspecto clínico predominante é o verru¬coso e papilomatoso. Apresenta um caso de associação actinomicose-cromoblastomicose. A respeito do estudo micológico, faz uma crítica das várias denominações propostas para o cogumelo, especialmente aos trabalhos de Negroni, Carrion e Binford & cols. Aceita em seus estudos a classificação que inclui todos os cogumelos produtores de cromoblastomicose em um único gênero, Phialophora, com 3 espécies: verrucosa, pedrosoi e compactum. Realiza um estudo micológico com as 6 raças por êle isoladas, sendo 5 pedrosoi e 1 verrucosa, em vários meios de cultura, concluindo que os meios albuminosos sólidos não constituem substrato favorável ao crescimento dêsses cogumelos, observando, contudo, nêles, com muita frequência, células redondas, idênticas às encontradas em parasitismo. Diferenças acentuadas entre as espécies pedrosoi e verrucosa são observadas nos meios de Loewenstein, à temperatura ambiente e em batata-glicerinada, a 37 graus. A respeito do estudo experimental, faz um breve apanhado dos mais importantes trabalhos publicados e mostra o resultado de suas inoculações com as seguintes conclusões: culturas recentemente isoladas de P. verrucosa e P. pedrosoi, são patogênicas para cobaios, inoculados por via testicular. As lesões, porém, regridem espontâneamente. A inoculação em coelhos, dessas mesmas espécies, por via peritoneal, é incapaz de determinar qualquer tipo de lesão.



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ISSN-e 1806-4841

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