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Volume 26 Número 2

Trabalhos originais

A ação terapêutica do óleo de Sapucaína na escabiose e nas tinhas do couro cabeludo e da pele glabra


NIRO M. MOREIRA


Trabalho realizado na Clínica Dermatológica e Sifilográfica da Faculdade Fluminense de Medicina (Prof. Paulo Parreiras Horta) e no Instituto Vital Brasil.

 

Resumo

O óleo de Sapucaínha (Carpotroche brasiliensis) era usado antigamente pelos índios, em várias doenças da pele. Peckolt, em 1869, fez um preparado, contendo enxofre e óleo de Sapucaínha, com indicações em várias dermatoses. Nos Serviços de Dermatologia do Prof. Parreiras Horta e a conselho deste, esse preparado era indicado em todos os casos de tinha do couro cabeludo, obtendo-se sempre bons resultados. Resolvemos então investigar o assunto, suprimindo o enxofre. A fórmula que nos deu melhores resultados foi a C, cuja composição é a seguinte: Ácidos graxos totais do óleo de Sapucaínha chaulmúgrico, 24,4%.; hidnocárpico, 45%; górlico, 15,4%) - 2,5 Esteres benzílicos dêsses ácidos - 15% Veículo: ácido esteárico, glicerina, trietanolamina e água. Com essa fórmula, tratamos 185 casos de escabiose e 26 casos de tinhas do couro cabeludo; todos os casos de escabiose curaram-se muito facilmente com uma média de 3 aplicações; quanto aos casos de tinha do couro cabeludo por Microsporon e Tricophyton, obtivemos sucesso em 25 casos; apenas um caso não respondeu à medicação. Verificamos ainda, <>, o poder fungicida do preparado pelo método de Rideal-Walker. Chamamos a atenção para o fato de ausência de poderes irritativo primário e sensibilizaste dos derivados do óleo de Sapucaínha, o que melhora as suas qualidades terapéuticas. E'''' interessante ressaltar que os norte-americanos vêm usando recentemente, nas dermatofitoses, os ácidos undecilênio e propiônico; êstes são também ácidos graxos, porém, são de cadeia acíclica e não têm atividade ótica, ao passo que os ácidos graxos (chaulmúgrico, hidnocárpico e górlico) do óleo de Sapucaínha são de cadeia cíclica (ciclo-penteno) e têm atividade ótica.



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