Trabalho do Laboratório Muñoz-Rivas (Bogotá), lido na Academia Nacional de Medicina (Rio de Janeiro), em 14-10-54, pelo Acadêmico H. C. de Souza Araújo (v. Boletim, A. 126°, ns. 1 a 9, julho de 1955, págs. 152/4).

Correspondência:
Laboratório Muñoz-Rivas - Bogotá, Colômbia.

 

Resumo

Considera o autor que os dados apresentados neste trabalho não deixam dúvidas sobre a transmissão indireta da lepra murina por meio das pulgas, quando, experimentalmente, se inoculam triturados de adultos provenientes de larvas infectadas. Cita o Prcf. Souza Araújo, com relação à lepra humana e à sua possível transmissão por artrópodos. E'''' mencionada a semelhança do bacilo de Hansen com o de Stefansky, causa de que muitos autores consideram que a transmissão da lepra humana se faça diretamente. Tal semelhança, entretanto, levadas em conta as experiências relatadas neste trabalho, dá maior valor às observações do autor sobre os perigos da habitação infectada. Aconselha às autoridades sanitárias a higienização das vivendas do homem do campo na Colômbia, convencido que está de que os aposentos de terra batida, nos climas onde abundam as pulgas, constituem os principais focos de endemia leprosa. Termina recordando a recomendação específica da Comissão de Epidemiologia do V Congresso Internacional de Lepra, a qual reconhece que as condições defeituosas de vida e de abrigo contribuem para a disseminação da lepra, concitando os governos a todos os esforços possíveis para melhorar esta situação, de acordo com as possibilidades locais.

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