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Volume 29 Número 1

Trabalhos originais

A framboésia trópica (bouba) no Nordeste de Minas Gerais


TANCREDO ALVES FURTADO1, ANTÔNIO FIRMATO DE ALMEIDA2


1Assistente da Clínica Dermatológica da Fac. Nac. de Med. da Univ. de M. Gerais (Catedrático: Prof. Olinto Orsini) e da Santa Casa de Belo Horizonte (Serviço do Prof. Josefino Aleixo). Fellow do The Squibb Institute for Medical Research, New York.
2Chefe do Pôrto de Higiene de Itambacuri, Minas Gerais. Sanitarista da Secretaria de Saúde e Assistência do Estado.

*Trabalho apresentado ao 1º Congresso Médico do Nordeste Mineiro, realizado em Téofilo Otôni, de 1 a 7 de setembro de 1953.*

Correspondência:
rua Alvarenga Peixoto, 986 (Belo Horizonte)

 

Resumo

Os A. A. fazem uma análise de 5.385 casos de framboésia trópica (bouba), observados, em 11 anos, no nordeste de Minas Gerais. 1 - A incidência global da bouba foi de 9,2 % em uma população de 58. 545 indivíduos. 2 - A freqüência foi maior nos pardos (68,1 %) e pretos (23,4 %) e nos indivíduos do sexo masculino (62,1 %). 48,7 % eram menores e 51,3 % maiores de 15 anos de idade, o que mostra não constituir a bouba uma afecção da infância, como acreditavam muitos autores. 3 - A distribuição em períodos evolutivos foi: 3,6 % na fase primária, 83,6 % na secundária e 10,5 % na terciária. A coexistência do framboesoma inicial com lesões secundárias foi encontrada em 1,7 %, e, destas últimas com as manifestações terciárias, em 0,6% dos casos. Na bouba não se observa a separação nítida em período como na sífilis, sendo mais apropriada a distinção em manifestações recentes e tardias. 4 - Entre as manifestações tardias, as mais freqüentes são as queratodermias plantares e palmares (45,2 %) e as ulcerações (35,2 %). Foram, observados apenas 12 casos de gangosa (2,1 %), 5 de gundu (0,8 % e 2 de nodosidades juxta-articulares (0,3 %).



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ISSN-e 1806-4841

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