¹T.A.F. - Docente-livre de Clínica Dermatológica da Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais (Catedrático: Prof. O. Orsini) e Chefe da Clínica Dermatológica do Hospital Felício Rocho. A disposição do Centro de Pesquisas de Belo Horizonte do INER (Chefe: Dr. Roberto Milward de Andrade)

*Trabalho apresentado em reunião de 3-2-58 da Sociedade Brasileira de Dermatologia (Seção de Minas Gerais).*

Correspondência:
Rua Tupinambás, 360 (Belo Horizonte)

 

Resumo

Os autores descrevem dois casos de blastomicose sul-americana com localização ganglionar isolada. Não havia lesões da mucosa buco-laringo-faringéia, alterações dentárias e peri-dentárias ou infecção amigdaliana, que usualmente precedem o acometimento ganglionar, para explicar a penetração do fungo causador no organismo, por mecanismo exógeno. Restaria, então, admitir-se um parasitismo sem lesão ou uma fonte de infecão endógena. Esta última hipótese não foi ainda demonstrada na blastomicose sul-americana. Além dêsse aspecto, de grande importância para o conhecimento da patogenia da micose, a forma ganglionar pura oferece ainda um interêsse particular nas dificuldades que pede trazer ao diagnóstico diferencial com outras afecções linfáticas, tais como a tuberculose (escrofuloderma), a doença de Hodgkin, o linfo-sarcoma, a mo¬nonucleose infecciosa e a leucemia linfóide.

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